
No epicentro de Lisboa, sob as luzes vibrantes do Web Summit 2024, onze startups de Mato Grosso do Sul se destacaram em meio a 70 mil participantes de todo o mundo. Para além dos números grandiosos do evento, o que realmente atravessou o Atlântico foi um espírito transformador: o desejo de colocar o estado no mapa global da inovação e mostrar que, no coração do Brasil, ideias brilhantes estão germinando.

A missão técnica, organizada pelo Sebrae/MS e pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), levou empreendedores locais a um dos maiores eventos de tecnologia do mundo. Durante os dias 11 a 14 de novembro, em Lisboa, esses empresários encontraram investidores, apresentaram suas soluções e, talvez mais importante, validaram suas ideias em um mercado competitivo e internacional.
“Esse tipo de experiência é sobre abrir portas. O Web Summit não é só um evento, é um laboratório para inovação. É uma vitrine, mas também um espaço para aprender,” afirma Márcio Pereira, diretor-presidente da Fundect, que acompanhou a missão.
Lisboa como um grande pitch - Para Jefferson Moreira, fundador da Vordesk, a experiência foi uma oportunidade única de conexão direta com tomadores de decisão. “Recebemos mais de 50 visitas ao nosso stand. Entre elas, dois investidores e cinco clientes em potencial, incluindo o CEO do metrô de São Paulo,” relata. “A visibilidade que o evento nos deu elevou a percepção de nossa marca.”
Enquanto isso, Orlando Trevisan, da Co2 Life, encontrou no evento um público interessado em soluções sustentáveis. Sua startup, que desenvolve ferramentas para compensação de carbono, usou o Web Summit para estabelecer parcerias em novos mercados. “Foi um momento para reforçar que nosso trabalho em Mato Grosso do Sul também tem impacto global,” diz.
No setor de Inteligência Artificial, Renato Ishii, da Alfaneo AI, não poupou esforços. “Foram mais de 145 conexões no aplicativo oficial do evento e 40 interações no stand. Fizemos três reuniões estratégicas que abriram portas para clientes e parceiros internacionais,” relata, destacando como a experiência reforçou sua estratégia de expansão.
Da ideia ao mercado global - Mais do que networking, a missão ofereceu aos empreendedores uma validação estratégica. Eduardo Figueiredo, da SBR Prime, que atua com rastreamento no setor agro, não esconde o impacto de dois anos de planejamento. “Desde o Web Summit 2023, estávamos estudando o mercado. Este ano, fechamos negócios em Portugal. Foi a prova de que estamos prontos para o mercado internacional,” afirma.
Para Davi Barboza, CEO da Magnet Customer, a missão trouxe lições valiosas sobre estruturação de negócios para escalar globalmente. “O evento reforçou nossa visão de longo prazo e a necessidade de construir uma base sólida que permita atender clientes em diferentes partes do mundo,” explica.
