Nos dias 4 e 5 de dezembro, em Campo Grande, empreendedores de Mato Grosso do Sul mostraram ideias que misturam tecnologia e natureza no evento Demoday dos programas Inova Cerrado e Inova Pantanal. Ao longo de seis meses de mentorias e oficinas, 80 iniciativas foram desenvolvidas. Dessas, 20 de cada bioma chegaram à etapa final e mostraram seus projetos a uma banca de investidores.
O objetivo dos programas é transformar o conhecimento local em soluções reais para a bioeconomia do estado. A proposta une o apoio do Sebrae/MS, da Semadesc e da Fundect. Essas organizações querem promover inovações que usem de forma inteligente os recursos naturais e beneficiem produtores e comunidades.
Entre os projetos premiados, o da startup MonitorApis se destacou no Cerrado. A empresa desenvolve tecnologia para proteger abelhas e ambientes sensíveis. Para seus idealizadores, a solução ajuda a proteger a biodiversidade e a produção agrícola ao mesmo tempo.
No Pantanal, o primeiro lugar ficou com a empresa Nematox, que testa o solo e as raízes das plantas para detectar nematoides — pragas invisíveis — e propõe manejo biológico para preservar a terra sem usar veneno. Outras ideias também se destacaram, mostrando que a criatividade e o compromisso com o meio ambiente andam juntos.
Para o diretorsuperintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça, o sucesso dos programas revela que o estado tem potencial real para liderar a bioeconomia brasileira: “Estamos criando oportunidades de mercado, incluindo diversos empreendedores e valorizando nossos biomas”. Para a representante da Semadesc, Walkyria Fernandes, os projetos mostram como ciência e tecnologia podem virar soluções escaláveis para proteger a natureza e gerar renda.
O evento trouxe à tona o valor da inovação voltada para o ambiente natural. Para quem vive do campo ou ama a biodiversidade, as ideias apresentadas mostram que é possível unir produção e cuidado ambiental de forma equilibrada.
