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A última semana do mês de setembro foi marcada por enormes transtornos para alunos, professores e demais funcionários da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Devido a ataques cibernéticos, os sites da instituição saíram do ar na madrugada do último dia 24, fazendo com que os sistemas e serviços digitais deixassem de funcionar.
Corredor onde se encontra o departamento da Agetic - (Foto: Marcos Melo)A Agência de Tecnologia da Informação e Comunicação (Agetic) da UFMS vem trabalhando desde então para que o problema seja sanado, colaborando também com o Centro Integrado de Segurança Cibernética do Governo Digital e o Centro de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos do Governo Federal.
Apesar da adversidade, as atividades acadêmicas prosseguiram normalmente durante a semana, o que resultou em diversas alterações nos cronogramas dos cursos. Provas adiadas e atividades que tiveram de ser adaptadas foram algumas das situações que estudantes e docentes enfrentaram devido a falta de acesso à internet na universidade.
O Prof. Dr. em geografia Marcelino de Andrade, docente da UFMS, relatou problemas com os serviços fora do ar. “No meu caso, a principal dificuldade foi registrar as atividades acadêmicas, sem os sistemas tudo teve que ser feito manualmente”, comentou o professor.
Biblioteca central da UFMS - (Foto: Marcos Melo)Até o presente momento, os sites da universidade ainda não foram totalmente restabelecidos, mas aos poucos os sistemas começam a voltar, ainda que com instabilidade. A expectativa é de que toda a situação seja normalizada ainda nesta semana.
Ataques cibernéticos cada vez mais frequentes - A modalidade de crimes digitais que atacam os sistemas para obtenção de dados com intuito de acessar informações privilegiadas por parte de cibercriminosos, não é uma novidade do caso da UFMS. Recentemente vários órgãos públicos e privados do Estado sofreram com ações de hackers. A Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul (Cassems), sites do Detran/MS e da Polícia Civil e o portal do Governo do Estado são alguns exemplos de instituições afetadas por esses crimes.
Segundo dados da Fortinet, empresa especializada em cibersegurança, só no primeiro semestre de 2023, 23 bilhões de tentativas de ataques foram registradas no Brasil, o maior entre todos os países da América Latina.
Esses números e os casos frequentes de incidentes do tipo acendem um alerta para usuários e empresas. Surge então a necessidade cada vez maior de se investir em cibersegurança e de se ampliar o debate sobre segurança de dados digitais atualmente.
