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SEMINÁRIO

Seminário internacional em Campo Grande debate oportunidades da rota bioceânica

O objetivo central é discutir as oportunidades e os desafios do Corredor Bioceânico, uma rota rodoviária de 3.250 km que conectará os oceanos Atlântico e Pacífico, passando por oito regiões nos quatro países

21 janeiro 2025 - 08h52Da redação
Evento na Capital vai reunir autoridades de quatro países para debater oportunidades da Rota Bioceânica
Evento na Capital vai reunir autoridades de quatro países para debater oportunidades da Rota Bioceânica - (Foto: Álvaro Rezende)

Entre os dias 18 e 20 de fevereiro de 2025, Campo Grande receberá o Seminário Internacional da Rota Bioceânica e o 6º Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico. O evento, organizado pelo Governo do Mato Grosso do Sul por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e com o apoio da Fiems e do Sebrae/MS, reunirá autoridades, empresários e representantes da sociedade civil de Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. O objetivo central é discutir as oportunidades e os desafios do Corredor Bioceânico, uma rota rodoviária de 3.250 km que conectará os oceanos Atlântico e Pacífico, passando por oito regiões nos quatro países.

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O evento acontecerá no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo e as inscrições são gratuitas, podendo ser realizadas pelo site oficial: www.seminariointernacionalbioceanica.ms.gov.br.

Integração regional e desenvolvimento econômico - Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento regional e a integração entre os países envolvidos, o seminário abordará questões estratégicas relacionadas à infraestrutura, logística, alfândegas, competitividade e impacto social da rota. Para o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, a consolidação do Corredor Bioceânico é uma oportunidade de transformação econômica:

“Vamos discutir questões extremamente relevantes, como a infraestrutura. Cada um dos países tem um papel importante para que a gente tenha no prazo de dois anos a consolidação de toda a infraestrutura. Nós vamos discutir toda a situação das alfândegas, que é uma questão crucial para a competitividade da Rota. E mais importante, discutir o desenvolvimento econômico das regiões afetadas pelo Corredor Bioceânico”, destacou Verruck.

O Corredor Bioceânico de Capricórnio permitirá uma ligação estratégica entre o Atlântico e o Pacífico, facilitando o acesso aos mercados asiáticos. As regiões diretamente impactadas incluem os estados e departamentos de Mato Grosso do Sul (Brasil), Boquerón, Presidente Hayes e Alto Paraguay (Paraguai), Jujuy e Salta (Argentina), além das regiões chilenas de Tarapacá e Antofagasta.

Programação diversificada e assinatura de acordos - A programação oficial do evento contará com painéis temáticos, reuniões técnicas, apresentações culturais e assinatura de importantes acordos de cooperação. A abertura será realizada no dia 18 de fevereiro, às 18h, com uma cerimônia que incluirá apresentações culturais, hasteamento das bandeiras dos países participantes e a presença de representantes federais, estaduais e municipais. Também está prevista a assinatura de um Termo de Cooperação entre o Paraguai e o Mato Grosso do Sul.

No segundo dia, 19 de fevereiro, os debates serão centrados em temas como infraestrutura, tecnologia e inovação, setor privado, alfândega e impacto social. Haverá ainda a apresentação do Plan Maestro, um planejamento estratégico para o Corredor Bioceânico, e novos acordos de cooperação serão firmados.

Já no último dia, 20 de fevereiro, serão apresentados os resultados das comissões técnicas do 6º Foro, incluindo a divulgação da "Carta de Campo Grande", documento que consolidará os principais encaminhamentos do evento.

O seminário contará ainda com estandes para exposição dos países participantes e infraestrutura para reuniões das comissões técnicas. A transmissão ao vivo será realizada pela TV Educativa.

Rota bioceânica: um novo eixo de integração continental - O Corredor Bioceânico é considerado um marco na integração econômica e logística da América do Sul. Conectando o Atlântico ao Pacífico, a rota atravessará regiões estratégicas, como os portos chilenos de Iquique, Antofagasta, Mejillones e Terminais Tocopilla. A expectativa é que o projeto impulsione o comércio, a logística e o desenvolvimento regional, além de facilitar o acesso a mercados internacionais, especialmente os asiáticos.

“A ideia é discutir mercado, competitividade e desenvolvimento local. O Corredor Bioceânico é um grande projeto nacional que impacta não somente a Mato Grosso do Sul. Ele é importante para o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Nós estamos redesenhando a geopolítica internacional de ligação entre o Atlântico e o Pacífico e olhando para os mercados asiáticos”, explicou Jaime Verruck.

Com discussões sobre infraestrutura e políticas de integração, o evento busca alinhar esforços para que os quatro países envolvidos concretizem os benefícios econômicos e sociais projetados para o Corredor Bioceânico.

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