
Entre os dias 18 e 20 de fevereiro de 2025, Campo Grande receberá o Seminário Internacional da Rota Bioceânica e o 6º Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico. O evento, organizado pelo Governo do Mato Grosso do Sul por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e com o apoio da Fiems e do Sebrae/MS, reunirá autoridades, empresários e representantes da sociedade civil de Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. O objetivo central é discutir as oportunidades e os desafios do Corredor Bioceânico, uma rota rodoviária de 3.250 km que conectará os oceanos Atlântico e Pacífico, passando por oito regiões nos quatro países.

O evento acontecerá no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo e as inscrições são gratuitas, podendo ser realizadas pelo site oficial: www.seminariointernacionalbioceanica.ms.gov.br.
Integração regional e desenvolvimento econômico - Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento regional e a integração entre os países envolvidos, o seminário abordará questões estratégicas relacionadas à infraestrutura, logística, alfândegas, competitividade e impacto social da rota. Para o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, a consolidação do Corredor Bioceânico é uma oportunidade de transformação econômica:
“Vamos discutir questões extremamente relevantes, como a infraestrutura. Cada um dos países tem um papel importante para que a gente tenha no prazo de dois anos a consolidação de toda a infraestrutura. Nós vamos discutir toda a situação das alfândegas, que é uma questão crucial para a competitividade da Rota. E mais importante, discutir o desenvolvimento econômico das regiões afetadas pelo Corredor Bioceânico”, destacou Verruck.
O Corredor Bioceânico de Capricórnio permitirá uma ligação estratégica entre o Atlântico e o Pacífico, facilitando o acesso aos mercados asiáticos. As regiões diretamente impactadas incluem os estados e departamentos de Mato Grosso do Sul (Brasil), Boquerón, Presidente Hayes e Alto Paraguay (Paraguai), Jujuy e Salta (Argentina), além das regiões chilenas de Tarapacá e Antofagasta.
Programação diversificada e assinatura de acordos - A programação oficial do evento contará com painéis temáticos, reuniões técnicas, apresentações culturais e assinatura de importantes acordos de cooperação. A abertura será realizada no dia 18 de fevereiro, às 18h, com uma cerimônia que incluirá apresentações culturais, hasteamento das bandeiras dos países participantes e a presença de representantes federais, estaduais e municipais. Também está prevista a assinatura de um Termo de Cooperação entre o Paraguai e o Mato Grosso do Sul.
No segundo dia, 19 de fevereiro, os debates serão centrados em temas como infraestrutura, tecnologia e inovação, setor privado, alfândega e impacto social. Haverá ainda a apresentação do Plan Maestro, um planejamento estratégico para o Corredor Bioceânico, e novos acordos de cooperação serão firmados.
Já no último dia, 20 de fevereiro, serão apresentados os resultados das comissões técnicas do 6º Foro, incluindo a divulgação da "Carta de Campo Grande", documento que consolidará os principais encaminhamentos do evento.
O seminário contará ainda com estandes para exposição dos países participantes e infraestrutura para reuniões das comissões técnicas. A transmissão ao vivo será realizada pela TV Educativa.
Rota bioceânica: um novo eixo de integração continental - O Corredor Bioceânico é considerado um marco na integração econômica e logística da América do Sul. Conectando o Atlântico ao Pacífico, a rota atravessará regiões estratégicas, como os portos chilenos de Iquique, Antofagasta, Mejillones e Terminais Tocopilla. A expectativa é que o projeto impulsione o comércio, a logística e o desenvolvimento regional, além de facilitar o acesso a mercados internacionais, especialmente os asiáticos.
“A ideia é discutir mercado, competitividade e desenvolvimento local. O Corredor Bioceânico é um grande projeto nacional que impacta não somente a Mato Grosso do Sul. Ele é importante para o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Nós estamos redesenhando a geopolítica internacional de ligação entre o Atlântico e o Pacífico e olhando para os mercados asiáticos”, explicou Jaime Verruck.
Com discussões sobre infraestrutura e políticas de integração, o evento busca alinhar esforços para que os quatro países envolvidos concretizem os benefícios econômicos e sociais projetados para o Corredor Bioceânico.
