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Ex-delegado Ruy Ferraz Fontes é velado na Alesp após execução em Praia Grande
Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, foi executado a tiros em uma emboscada na segunda-feira (15) em Praia Grande, litoral paulista. Desde 2023, ele atuava como secretário de Administração na prefeitura e, segundo relatos, estava satisfeito com a rotina da cidade, considerada “mais leve” que a da capital paulista.
O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (MDB), afirmou que Ruy não mencionou ameaças recentes e mantinha uma rotina regular, sem escolta ou carro blindado. Em conversas anteriores, o ex-delegado expressava satisfação com o trabalho e tranquilidade quanto à segurança.
Ruy Ferraz Fontes ficou conhecido nacionalmente por sua atuação contra a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Em 2006, indiciou toda a cúpula do grupo, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Entre 2019 e 2022, chefiou a Polícia Civil paulista, após ser nomeado delegado-geral no governo João Doria.
Segundo promotores do Gaeco, o crime “aponta para execução de máfia”, embora a polícia também investigue possíveis ligações com licitações da Prefeitura que teriam prejudicado entidades ligadas a criminosos. A ex-prefeita Raquel Chini destacou que, à frente da Secretaria, Ruy apenas organizava processos e transformava procedimentos licitatórios em pregões eletrônicos, não decidindo diretamente sobre as aprovações.
Em dezembro de 2023, Ruy sofreu um assalto na Praia Grande e já demonstrava preocupação com sua segurança e a da família, em razão de sua histórica atuação contra o PCC. Na ocasião, ele e a esposa foram abordados por criminosos armados, que roubaram celulares, joias, cartões e a moto do casal. Os suspeitos foram presos e os bens recuperados.
