
As obras de pavimentação da Rota Bioceânica seguem em ritmo acelerado no Paraguai. O trecho em construção é a rodovia PY-15, conhecida como Picada 500, que liga a cidade de Carmelo Peralta, na fronteira com Porto Murtinho (MS), a Loma Plata. São 220 km de estrada que vão integrar o corredor logístico que conecta o Centro-Oeste brasileiro aos portos do norte do Chile.

Segundo o governo paraguaio, a obra já alcançou avanços significativos. A previsão é que 80% do trajeto esteja pronto até o final de 2026. O investimento é de US$ 354 milhões, com recursos do banco de fomento FONPLATA.
Trecho já asfaltado da rodovia PY-15 mostra avanço das obras que conectarão Mato Grosso do Sul ao Pacífico. (Foto: Toninho Ruiz)
Integração entre países - A rodovia faz parte da Rota Bioceânica, projeto internacional que busca criar um corredor de exportações entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, diminuindo distâncias e custos para o escoamento de produtos brasileiros rumo ao Oceano Pacífico.
Durante o VII Fórum do Corredor Bioceânico, realizado entre os dias 8 e 10 de outubro em San Salvador de Jujuy, na Argentina, autoridades dos quatro países discutiram soluções para agilizar a burocracia nas fronteiras. Um dos principais pontos debatidos foi a adoção do sistema TIR, um modelo de transporte rodoviário internacional que permite o trânsito de mercadorias com um único documento aduaneiro, reduzindo inspeções em cada país.
Pavimentação avança na rodovia PY-15, no Paraguai, parte crucial da Rota Bioceânica que ligará Brasil ao Oceano Pacífico. (Foto: Toninho Ruiz)
Trecho argentino receberá obras - No lado argentino, também estão previstos investimentos de US$ 100 milhões em melhorias nas rotas que ligam Misión La Paz até Tartagal, passando pela Ruta Provincial 54 e a Ruta Nacional 34. A proposta é preparar a malha viária para receber o aumento no tráfego de caminhões e cargas previsto com a conclusão da Rota Bioceânica.
A expectativa é que o corredor se torne uma nova alternativa de exportação para o agronegócio e a indústria brasileira, diminuindo em até 8 mil km o trajeto de cargas destinadas ao mercado asiático.
