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Deputado cobra governo após exclusão do MS de pacote de ajuda ao agronegócio

Rodolfo Nogueira critica corte de recursos para produtores endividados e diz que o campo perdeu o apoio federal

23 outubro 2025 - 14h50Redação
Deputado Rodolfo Nogueira critica governo por excluir MS de pacote de ajuda ao agro e apresenta propostas para salvar produtores endividados.
Deputado Rodolfo Nogueira critica governo por excluir MS de pacote de ajuda ao agro e apresenta propostas para salvar produtores endividados. - (Foto: Divulgação)

Campo Grande foi palco de debates de gestão pública durante o 3º Congresso dos Municípios de Mato Grosso do Sul, entre os dias 20 e 22 de outubro. No evento, prefeitos, secretários e deputados se reuniram para discutir os rumos dos 79 municípios do estado. No meio disso tudo, quem falou grosso foi o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), presidente da Comissão de Agricultura da Câmara. Com tom firme, ele criticou o governo federal por deixar o estado de fora das medidas de apoio aos produtores rurais endividados.

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“É um absurdo. Passamos por quatro anos de estiagem, seis safras afetadas e fomos completamente ignorados. O governo escolheu ajudar só o Rio Grande do Sul”, disse. Para ele, a decisão enfraquece o setor que movimenta a economia de todo o Mato Grosso do Sul. “Estamos vendo uma onda de produtores entrando em recuperação judicial. Sem apoio, o agro quebra.”

A crítica tem um alvo certo: uma medida provisória editada pelo governo federal que reduziu o valor aprovado na Câmara de R$ 30 bilhões para R$ 12 bilhões. O recurso, segundo Nogueira, foi destinado apenas aos gaúchos. “Isso é sabotagem. O Ministério da Economia agiu para excluir o MS. E o pior: sem diálogo com os parlamentares da bancada ruralista.”

O deputado Rodolfo Nogueira não escondeu o incômodo. Produtor rural, ele diz que o agronegócio não apenas elegeu seu mandato, como também é a “locomotiva” de todo o estado. “A gente tem soja, milho, boi. Mas o custo está alto, e o preço das commodities está caindo. O produtor está pagando para trabalhar”, resumiu.

À frente da Comissão de Agricultura, o deputado apresentou um projeto de lei (PL 4357) para reforçar a segurança jurídica no campo. A proposta quer impedir que propriedades produtivas sejam desapropriadas — mesmo que não cumpram função social. É uma resposta direta ao Supremo Tribunal Federal, que flexibilizou esse entendimento. “Se você tem uma casa invadida, você vai investir nela? Vai ampliar? Vai reformar? Claro que não. No campo é a mesma coisa.”

O texto já teve regime de urgência aprovado e deve voltar à pauta nas próximas semanas. Ao mesmo tempo, Nogueira articula com o deputado Afonso Hamm a retomada de um projeto de securitização das dívidas do agro. A proposta inclui 10 anos de prazo para pagamento e 3 anos de carência. “Queremos que o Senado avance com isso. É a única forma de salvar quem ainda está tentando produzir.”

A entrevista seguiu em tom de prestação de contas, mas também com pitadas de bastidor político. Nogueira falou sobre as eleições de 2026 e defendeu a viabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro como candidato. “A gente está lutando pela anistia. Se for aprovada, ele volta ao jogo. E continua sendo o único que pode vencer o PT.”

No cenário estadual, o deputado confirmou a articulação para o lançamento de dois nomes ao Senado: o ex-governador Reinaldo Azambuja e a vice-prefeita de Dourados, Giane Nogueira — que também é esposa de Rodolfo Nogueira. Ele próprio buscará a reeleição para a Câmara. “O trabalho na comissão tem consumido muito tempo, mas estamos entregando. Nosso mandato já é o que mais aprovou projetos na história da Comissão de Agricultura”, afirmou.

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