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INCLUSÃO

"Minha mãe me ensinou a ajudar quem precisa", conta vereador de Maracaju

Vereador de Maracaju conta como a escuta de uma mãe no interior mudou sua vida pública e definiu suas prioridades no mandato

23 outubro 2025 - 14h00Redação
Robert Ziemann transforma escuta de uma mãe em política pública e faz da inclusão a base do seu mandato em Maracaju.
Robert Ziemann transforma escuta de uma mãe em política pública e faz da inclusão a base do seu mandato em Maracaju. - (Foto: A Crítica)

Robert Gustavo Ziemann não pensava em autismo até que uma mãe lhe contou sobre a rotina com o filho. Foi durante uma caminhada de campanha, no distrito de Vista Alegre, em Maracaju, que ele ouviu de Solange, mãe de Diego, que precisava sair da cidade para buscar tratamento em Dourados. “Ali eu conheci o autismo”, contou. A partir dali, ele estudou, buscou leis, ajudou a criar uma associação e fez disso parte do seu mandato.

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Vereador pelo PSDB, reeleito e ex-presidente da Câmara Municipal, Robert Ziemann participou da terceira edição do Congresso dos Municípios de Mato Grosso do Sul, encerrado na quarta-feira (23), em Campo Grande. O evento, iniciado na segunda (20), reuniu prefeitos, vereadores e secretários das 79 cidades do estado e foi organizado pela Assomasul (Associação dos Municípios de MS), com apoio do Sebrae-MS. A entrevista foi concedida ao vivo no estúdio do jornal A Crítica, montado dentro do congresso.

Além de relatar o impacto pessoal do autismo, Robert Ziemann falou sobre como a política, para ele, deixou de ser algo técnico e se transformou em missão pessoal. “Hoje tenho uma filha com TDAH. A gente sente isso dentro de casa”, disse. Segundo ele, a pauta da inclusão social passou a ser prioridade, especialmente com foco em crianças com transtornos de neurodesenvolvimento, que precisam de atendimento psicológico, fonoaudiólogo, reforço escolar ou simplesmente um espaço para praticar esporte.

Foi assim que nasceu o Instituto Pequeno Cidadão. O projeto, que começou com aulas de judô na varanda de uma escola, hoje atende mais de 500 crianças em Maracaju, Sidrolândia e, mais recentemente, Rio Brilhante. “Uma menina disse que não gostava de judô, queria fazer balé. Aquilo me despertou. A gente precisava fazer mais”, lembrou. Hoje, além do balé e do judô, o instituto oferece outras atividades e já levou alunos para campeonatos nacionais e até internacionais.

A inspiração, segundo ele, veio de casa. “Minha mãe dava aula de tricô e alfabetização num dos bairros mais carentes de Maracaju. Ajudava quem podia. A gente aprendeu a fazer o mesmo.” O projeto, diz ele, é tocado por toda a família — esposa, filhos, irmão — e tem crescido mais por sentimento do que por estratégia. “A gente só sente que precisa estar lá. E vai.”

Apesar do tom emocional, Robert Ziemann também falou de política institucional. Disse que apoia o atual governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja, hoje cotado para o Senado. E comentou sobre a possibilidade de deixar o PSDB futuramente, com vistas a um novo posicionamento político. “A gente vai analisar o que é melhor para Maracaju. Pode ser o PP, o PL ou outro partido”, afirmou.

Para ele, a fidelidade partidária existe, mas o que importa mesmo é o compromisso com a comunidade. “A população não está mais preocupada só com partido. Ela quer saber o que o político está fazendo por ela.”

Robert Ziemann defende que a política é uma ferramenta. “Ela não é o fim. É um meio de transformar realidades. É pra isso que serve. Para criar oportunidades, para gerar inclusão, para mudar a vida das pessoas.”

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