
O município do Rio de Janeiro voltou ao estágio 1 de monitoramento às 6h desta quarta-feira (29), segundo informou o Centro de Operações da Prefeitura. O retorno à normalidade parcial veio após um dia de caos provocado por uma operação policial de grandes proporções, que paralisou bairros inteiros e culminou em 64 mortes até o final da tarde de terça (28).
MUNICÍPIO DO RIO RETORNOU AO ESTÁGIO 1 ÀS 6H DESTA QUARTA-FEIRA (29/10/2025)
— Centro de Operações Rio (@OperacoesRio) October 29, 2025
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informa que o município do Rio de Janeiro retornou ao ESTÁGIO 1 às 6h desta quarta-feira, dia 29 de outubro de 2025.
O Estágio 1 é o primeiro em uma escala de… pic.twitter.com/YeVNKUaHns
A ação conjunta das polícias Civil e Militar, com apoio do Ministério Público do Estado, foi deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, com foco em lideranças do Comando Vermelho (CV) e no combate ao tráfico de drogas. Batizada de Operação Contenção, a ofensiva já é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro.
Durante a operação, criminosos reagiram de forma inédita: utilizaram drones para lançar explosivos contra as forças de segurança. A situação transformou a região em um verdadeiro cenário de guerra urbana, com reflexos imediatos no cotidiano da cidade.
Diversas vias importantes da capital fluminense, como a Avenida Brasil e a Linha Amarela, foram bloqueadas temporariamente. O município entrou em estágio 2 às 13h48 de terça-feira, diante da instabilidade provocada pelos confrontos armados e interrupções nos transportes.
Segundo a prefeitura, o estágio 1 representa ausência de grandes impactos à rotina, embora pequenos incidentes ainda possam ocorrer. Nesta manhã, os transportes operavam normalmente e todas as vias estavam liberadas para o tráfego.
Até as 16h de terça-feira, 64 pessoas haviam morrido — entre elas, quatro policiais. O número ainda pode subir, de acordo com as autoridades. Ao menos 81 suspeitos foram presos, entre eles Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como “Belão do Quitungo”, uma das lideranças visadas na ofensiva.
A operação mobilizou centenas de agentes e expôs, mais uma vez, os desafios da segurança pública no Rio. O uso de drones por parte do crime organizado, com capacidade de lançar artefatos explosivos, sinaliza uma nova etapa da violência urbana, que preocupa especialistas e autoridades.
