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29 de outubro de 2025 - 13h35
CNH

Renan Filho diz que obrigatoriedade da autoescola estimula direção sem carteira no Brasil

Ministro dos Transportes defende fim da exigência de aulas presenciais e propõe redução de custos e uniformização das provas do Detran

29 outubro 2025 - 09h50Renan Monteiro
O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), faz balanço de 2023 e apresenta as perspectivas para o setor de transportes em 2024
O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), faz balanço de 2023 e apresenta as perspectivas para o setor de transportes em 2024 - (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta quarta-feira (29) que a obrigatoriedade das aulas em autoescolas para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) contribui para o aumento da direção ilegal no país. Segundo ele, o modelo atual é caro, burocrático e acaba afastando milhões de brasileiros do processo de regularização.

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Durante participação no programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Renan destacou que 54% dos donos de motocicletas no país não possuem CNH, percentual que chega a 70% em alguns Estados.

“O mundo não faz CNH como no Brasil. Em poucos países há um processo tão burocrático. É isso que estamos procurando corrigir”, afirmou o ministro, citando ainda que 20 milhões de pessoas dirigem sem carteira no país.

A proposta em discussão no governo busca permitir que o cidadão estude onde quiser, sem a exigência de frequentar uma autoescola. Atualmente, é obrigatório cumprir 45 horas de aulas teóricas em uma instituição credenciada.

Renan Filho explicou que o fim da obrigatoriedade pode reduzir em até 80% o custo total do processo, tornando o acesso à habilitação mais democrático. “O modelo atual é moroso, desgastante e muito caro. O cidadão quer mais liberdade para se preparar e isso precisa ser respeitado”, declarou.

A proposta está em consulta pública até 2 de novembro, e o ministro prevê que, após essa etapa, o texto seguirá para debate final e implementação.

Outro ponto da proposta é a uniformização das provas aplicadas pelos Detrans em todo o país. Renan criticou questões consideradas desnecessárias nos exames e defendeu um conteúdo mais objetivo.

“Tinha prova que perguntava se a gasolina é um hidrocarboneto, ou a diferença dela para o álcool. O cidadão não está se formando para ser químico, ele está buscando a CNH para dirigir, para levar o filho na escola”, exemplificou.

O novo formato deve priorizar legislação de trânsito, direção defensiva e meio ambiente, mantendo a exigência das provas teórica e prática. O ministro anunciou ainda que o governo pretende oferecer cursos preparatórios gratuitos para quem quiser estudar por conta própria antes de realizar o exame.

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