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EXPOGRANDE

Grupo Real H fará sede sustentável no parque Laucídio Coelho e criará programa fixo de reciclagem

Na Expogrande, Marcelo Real fala sobre parceria com a Acrissul, sede com energia solar, coleta seletiva o ano todo, tratamento de água e como o agro pode ser, sim, sustentável de verdade

15 abril 2025 - 09h39Da redação
Grupo Real H anuncia sede sustentável e parceria com Acrissul para coleta de resíduos e educação ambiental no parque da Expogrande
Grupo Real H anuncia sede sustentável e parceria com Acrissul para coleta de resíduos e educação ambiental no parque da Expogrande - (Foto: Williams Souza)

O veterinário e diretor comercial Marcelo Real, do Grupo Real H, fala de sustentabilidade como quem fala da própria rotina. E não é exagero: durante a Expogrande 2025, ele anunciou não uma, mas duas parcerias inéditas com a Acrissul, com foco em meio ambiente, educação e inovação.

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Em entrevista ao estúdio do Grupo Feitosa de Comunicação, Marcelo contou que a Real H vai construir uma nova sede fixa dentro do Parque de Exposições Laucídio Coelho, com 200 m², que funcionará o ano todo. “A proposta é manter o parque vivo mesmo fora da época da feira”, disse.

A sede será 100% sustentável: com energia solar, reaproveitamento da água da chuva e coleta seletiva de resíduos recicláveis. “A gente quer mostrar que é possível fazer diferente e que sustentabilidade dá retorno”, afirmou.

Ciclos: do lixo para a renda - Além da sede, a Real H assinou um convênio com a Acrissul para implantar ali o Programa Ciclos, criado pela própria empresa em 2007. Ele transforma resíduos sólidos — como papel, plástico e metal — em renda e consciência ambiental.

“A gente coleta, separa, vende o material e repassa parte da receita para a própria Acrissul. Ou seja, o lixo vira fonte de recurso e ainda educa quem participa”, explicou.

Hoje, o programa já tirou mais de 1.500 toneladas de resíduos recicláveis das ruas, fazendas e empresas — e agora terá presença fixa no parque. A ideia é que em 2026 já seja possível apresentar quanto foi reciclado, quanto rendeu e quantas pessoas participaram. “Vai ter número, dado e resultado pra mostrar.”

Efluente tratado e água de reuso - Marcelo também anunciou um novo passo dentro da própria indústria: a construção de uma estação de tratamento de efluentes na unidade de Campo Grande.

“Queremos devolver ao meio ambiente a água que usamos, mas tratada. Vai sair da fábrica pronta para reuso, seja em irrigação, lavagem ou outros fins. Tudo com cloração e segurança.”

A empresa já armazenava água da chuva, com tanques que somam mais de 1 milhão de litros de capacidade, e já usa energia solar para abastecer as unidades de Campo Grande e Cuiabá. Agora, com o tratamento completo da água, fecha um ciclo de sustentabilidade de ponta a ponta.

Sustentabilidade com produto no cocho - A Real H é referência nacional em homeopatia animal, uma linha de produtos que melhora a produção com menos uso de químicos, respeitando o bem-estar do animal, o solo e o consumidor final.

“É uma tecnologia acessível, eficaz e limpa. Reduz manejo, evita estresse e ainda economiza para o pecuarista. Isso também é sustentabilidade”, explicou Marcelo.

A empresa também treina os peões das fazendas para separar o lixo, entender o impacto ambiental do manejo e adotar pequenas ações que fazem grande diferença no dia a dia.

Educação ambiental na prática - Para Marcelo, tudo começa com educação ambiental. “A gente vive numa sociedade que foi ensinada a consumir — e a desperdiçar. Hoje, precisamos ensinar o contrário: consumir com consciência, separar o lixo, cuidar do que é nosso.”

Ele acredita que o agro já entendeu isso. “Os pecuaristas estão vendo que produtividade anda junto com conservação. Onde tem mata, nascentes e solo bem manejado, a produção é melhor. A natureza responde.”

Realismo e otimismo: “Não é discurso, é prática” - Marcelo reconhece que o país ainda tem muito a evoluir, mas vê boas práticas acontecendo. “A Real H é um exemplo, mas tem muitos outros. Fazenda pequena, simples, que já separa o lixo, usa energia limpa, cuida da água. O agro está mudando, e vai mudar mais.”

Para ele, a chave é o incentivo correto e o exemplo prático. “Não adianta só cobrar. Tem que mostrar o caminho, oferecer estrutura, educar. E aí sim o produtor se engaja.”

Ao encerrar a entrevista, Marcelo deixou um convite: “Ano que vem, vamos voltar aqui e mostrar quanto foi reciclado, quanto voltou para a Acrissul e quantas pessoas participaram. Isso vai mostrar que cuidar do meio ambiente dá certo — e dá resultado.”

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