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O rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, teve sua prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro após um ataque a policiais civis que realizavam uma operação de busca e apreensão em sua residência. O cantor é acusado de resistência, desacato, lesão corporal e dano ao patrimônio público. A ação, que ocorreu na madrugada desta terça-feira (22), foi motivada pela tentativa de apreensão de um adolescente acusado de roubo de veículos, que estaria escondido na casa do rapper, na Vila do Joá, Zona Oeste da capital carioca.

De acordo com a Polícia Civil, Oruam também está sendo investigado por envolvimento com o tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ele seria ligado à facção criminosa Comando Vermelho, do qual seu pai, Márcio dos Santos Nepomuceno, o "Marcinho VP", é um dos líderes. Marcinho VP cumpre pena em uma penitenciária federal, mas continua sendo apontado como comandante das atividades criminosas da facção.
A prisão preventiva do rapper foi determinada pela juíza Ane Cristine Scheele Santos, que também ressaltou que Oruam é acusado de lesão corporal contra um policial, após atirar pedras durante a operação. Ele admitiu o ato, alegando que reagiu com violência após os policiais apontarem armas contra ele e seus amigos. Além disso, a juíza destacou o crime de resistência, já que Oruam teria dificultado a ação policial e agido de forma violenta.
O cantor também enfrentará acusações de desacato, pois, além da resistência física, teria ofendido os policiais com palavras e gestos, inclusive utilizando suas redes sociais para insultar os agentes. Durante a abordagem, pedras foram arremessadas contra as viaturas policiais, resultando também no crime de dano ao patrimônio público.
A defesa de Oruam, no entanto, nega qualquer envolvimento com drogas e afirma que as buscas realizadas em sua casa não encontraram produtos ilícitos. De acordo com seus advogados, o rapper reagiu à ação policial alegando abuso de autoridade. Pelas redes sociais, Oruam declarou que irá se entregar à polícia.
Ação policial e envolvimento com facção criminosa
O conflito entre Oruam e os policiais aconteceu quando agentes da Polícia Civil foram cumprir um mandado de busca e apreensão contra um adolescente de 17 anos, que estava escondido na casa do cantor. O menor, acusado de roubo de veículos, foi abordado na hora em que saía do local, gerando uma reação agressiva de Oruam e de outras pessoas presentes, que passaram a atacar os policiais com pedras e xingamentos.
Enquanto um dos homens que participou do ataque foi preso em flagrante, Oruam conseguiu fugir da detenção. No entanto, com base nos fatos ocorridos e nos indícios de envolvimento com o tráfico de drogas, o rapper foi alvo da prisão preventiva, decretada pela Justiça.
O secretário de Segurança Pública do Rio, Felipe Curi, se referiu a Oruam como "um criminoso faccionado", reforçando sua ligação com o Comando Vermelho. A polícia afirma que a atitude do rapper de resistir à operação, além das agressões e xingamentos, tem como objetivo dificultar o trabalho das autoridades na busca por criminosos ligados ao tráfico.
