
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, afirmou nesta terça-feira (23) na Assembleia Geral da ONU que a comunidade internacional precisa agir com urgência para conter a violência em Gaza e garantir aos palestinos o direito a um Estado próprio.

“Enquanto palestinos seguem enfrentando genocídio, temos um dever. A África do Sul tem insistido junto à Corte Internacional para que reconheça os crimes e que isso deve parar”, declarou Ramaphosa.
O líder sul-africano destacou que cresce o consenso global de que Israel comete genocídio em Gaza e lembrou que o número de países que reconhecem a Palestina como Estado continua a aumentar. Para ele, a solução de dois Estados é necessária: “Os palestinos merecem um Estado pacífico ao lado de Israel”.
Ramaphosa criticou a ineficiência do Conselho de Segurança da ONU, afirmando que sua composição atual não garante paz e segurança mundial, e pediu que recursos sejam direcionados ao desenvolvimento e não à corrida armamentista. “Precisamos cessar as armas para alcançar metas de sustentabilidade e paz global”, afirmou.
O presidente abordou ainda mudanças climáticas, classificadas como ameaças que prejudicam o crescimento econômico, principalmente no Sul Global, lembrando que a África é das regiões menos responsáveis pela crise, mas uma das mais afetadas por eventos extremos, gerando insegurança alimentar e danos à infraestrutura.
Em temas comerciais, destacou a cooperação africana por meio de sua área de livre comércio e defendeu maior representatividade feminina na ONU, apoiando a eleição de uma mulher para o cargo de secretária-geral.
