Ele está lançando seu primeiro livro “Raízes de uma Família” que dedicou a seus pais Waldir dos Santos Pereira e Ada Teixeira dos Santos Pereira, à sua companheira de uma vida toda, Martha, aos filhos Gustavo e Ida, e as netas, Daniela e Beatriz. E, logicamente, como fez de forma brilhante no livro, a todos os seus antepassados, com destaque aos avôs, Múcio Teixeira Júnior e Eduardo dos Santos Pereira.
Falando de forma aberta e emocionada ao jornal A Crítica, Múcio disse da motivação que o levou a escrever a história da sua família. “Eu percebi que o pessoal mais novo, minhas netas, sobrinhos, até meus filhos mesmo, sabiam muito pouco sobre as origens da nossa família, a história rica dos avós, dos bisavós.....então decidi começar a pesquisar, estudar e colocar tudo neste livro, que agora está pronto”, explicou. “Na verdade, no começo, pensei em fazer apenas um resumo, algumas folhas escritas que iria tirar cópias e distribuir a todos, como se fosse um dossiê da família. Mas com o tempo, as informações foram se acumulando, aumentando, e fui conversando e acabei com uma vasto material de informações, que me motivou então a escrever o livro”, narrou.
Muita das informações o novo escritor foi buscar nos escritos e livros do seu bisavô Múcio Teixeira, um gaúcho de muitas andanças, que além de Porto Alegre, morou muito tempo no Rio de Janeiro. “Acabei descobrindo que o avô do meu bisavô Múcio Teixeira tinha vindo de Portugal para o Brasil, como militar do exército português, com a esquadra de Dom João VI, que coisa hein”. E o sangue português acabou vindo para o bisneto também do outro lado, pois o avô paterno de Múcio Eduardo também era português, conforme ele conta.
“Eu sou Teixeira pelo lado materno e Santos Pereira pelo lado paterno”, explica. O avô pelo lado paterno foi Eduardo dos Santos Pereira. E desde 1911 a família trabalha com Cartório. “Eu não acredito que exista no Brasil uma outra família que, há quatro gerações, a exatos 101 anos, está no comando de uma Cartório de Registro Civil e Tabelionato, como nossa família está.”, argumenta orgulhoso Múcio Eduardo dos Santos Pereira.
Além do texto simples, de fácil entendimento, contando detalhes de cada um dos membros da família e a evolução dos Santos Pereira, o livro contém também muitas fotos, algumas bem antigas. “A foto mais antiga do livro data de 1888”, explica o escritor. Uma das fotos que chama a atenção é de Múcio Teixeira, quando ele foi Cônsul na Venezuela. Naquele tempo os cônsules usavam um tipo de fardão, parecido com os uniformes militares.
E um dos trechos interessantes do livro é um diálogo entre Múcio Teixeira e o então Imperador Dom Pedro II. Múcio era criança, tinha cinco anos e foi levado ao Palácio do Paço da Boa Vista, na Corte, no Rio de Janeiro (ver box esquerda).
