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LUTO

Rainha Elizabeth II: Entenda por que sentimos o falecimento de alguém que não conhecemos

"Quando uma pessoa é famosa, formamos esses dados, com base na repetição, consolidando e reforçando esses engramas de maneira mais convicta", explica o neurocientista

8 setembro 2022 - 15h50Da Redação
Elizabeth II: 70 anos do maior reinado do trono britânico
Elizabeth II: 70 anos do maior reinado do trono britânico - (foto: reprodução)

Por que a morte da Rainha Elizabeth causa a impressão, em grande parte das pessoas, de que ela era alguém próximo, com quem se tinha contato e até uma relação de afeto? O Pós PhD em Neurociências, Fabiano de Abreu Agrela, explicou que os seres humanos formatam engramas - que são memórias do que pensamos, vemos e sentimos - de forma mais íntima, entenda:

“Quando uma pessoa é famosa, formamos esses dados, com base na repetição, consolidando e reforçando esses engramas de maneira mais convicta”, disse.

Ainda segundo Fabiano, quando a pessoa é famosa e admirável para si, essas marcas mentais são formatadas com a influência de bons sentimentos, o que está vinculada a uma boa lembrança.

“Quando ela morre, sentimos como se a conhecêssemos pessoalmente, pois reforçamos essas memórias sobre ela com influência positiva. E de certa forma a conhecemos, do jeito que a moldamos, às vezes sem defeitos, como algo intacto de quase perfeição”, finalizou.

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Segundo o estudioso, quando vemos uma pessoa fisicamente, ela fica armazenada na memória com intensidade diferente de quem vemos apenas pelas telas. Mas, o reforço e o sentimento depositado, moldam a memória de maneira diferente, mas o impacto do luto pode ser similar a depender da importância que deu àquela pessoa.

“O que distingue é a racionalidade sobre ter contato físico ou não, mas o sentimento varia pelas circunstâncias sobre a pessoa e sobre a própria personalidade de quem sente, em relação ao quão emotiva é pelas próprias variáveis individuais”, finalizou.

Falecimento - A rainha Elizabeth II, que por mais de sete décadas ocupou o trono britânico como a mais longeva monarca britânica, e se tornou um símbolo da monarquia em todo o mundo, morreu nesta quinta-feira, 8, aos 96 anos, no Castelo de Balmoral, onde ela estava. Seu filho mais velho, o príncipe Charles, deve sucedê-la no trono.

“A rainha morreu tranquilamente em Balmoral nesta tarde. O rei e a rainha consorte permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã”, confirmou a família real em uma publicação nas redes sociais.

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