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SAÚDE MENTAL

Cartilha orienta influenciadores sobre como falar de saúde mental com responsabilidade

Material lançado pela ABP traz recomendações para evitar erros na abordagem de temas como depressão e prevenção do suicídio

3 setembro 2025 - 12h07Redação
Influenciadores digitais e criadores de conteúdo devem ter responsabilidade ao falar sobre saúde mental nas redes, pontuam médicos
Influenciadores digitais e criadores de conteúdo devem ter responsabilidade ao falar sobre saúde mental nas redes, pontuam médicos - (Foto: Asier/Adobe Stock)
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A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) lançou uma cartilha direcionada a influenciadores digitais e criadores de conteúdo, com orientações claras sobre como tratar temas ligados à saúde mental nas redes sociais. O objetivo é orientar para uma comunicação mais segura e responsável, especialmente sobre assuntos como transtornos mentais e prevenção do suicídio. O material está disponível gratuitamente.

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O presidente da ABP, Antônio Geraldo, alerta para o alcance dos influenciadores e a importância de se comunicar com responsabilidade. “O Brasil é um dos países que mais consome redes sociais no mundo. Quando alguém compartilha sua experiência com doenças mentais, isso pode inspirar outras pessoas a buscarem ajuda. Mas é preciso cuidado para não espalhar desinformação”, afirma.

A cartilha orienta os criadores de conteúdo a não romantizar o sofrimento, nem detalhar métodos ou histórias relacionadas ao suicídio. Também é desaconselhado oferecer ajuda direta como se fosse um profissional da saúde, estimular o uso de álcool ou drogas como forma de alívio, divulgar testes de autodiagnóstico e indicar tratamentos sem respaldo científico.

Frases simplistas como "isso vai passar" ou rótulos como "louco" devem ser evitados, pois podem gerar estigmas e afastar quem precisa de apoio. Em vez disso, a recomendação é adotar uma linguagem acolhedora, com expressões como “pessoa com depressão” ou “em sofrimento”.

A ABP reforça que a comunicação sobre saúde mental deve ser feita com empatia, sem julgamentos e com base em informações confiáveis. “Dizer ‘você não está sozinho, tem gente que pode te ajudar’ é uma forma de encorajar a busca por tratamento e acolher quem está em sofrimento”, orienta a entidade.

Segundo Antônio Geraldo, milhões de pessoas iniciam tratamento psiquiátrico todos os dias e têm suas vidas transformadas. “O mais importante é mostrar que existe saída, e que a ajuda médica é fundamental”, reforça o médico, que também coordena a Campanha Setembro Amarelo.

A cartilha integra o conjunto de materiais da Campanha Setembro Amarelo, voltada à prevenção do suicídio. Todos os conteúdos podem ser acessados gratuitamente no site oficial da campanha, inclusive materiais voltados a diferentes públicos, como educadores, empresas e profissionais da saúde.

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