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PESCA

Deputado pede mais tempo para decidir o futuro da pesca do dourado em MS

Com o fim da cota zero se aproximando, Neno Razuk sugere prorrogação da proibição até que uma nova lei seja aprovada

19 fevereiro 2025 - 13h45Da redação
Com o fim da cota zero se aproximando, deputado Neno Razuk pede prorrogação da proibição da pesca do dourado até que nova lei seja votada.
Com o fim da cota zero se aproximando, deputado Neno Razuk pede prorrogação da proibição da pesca do dourado até que nova lei seja votada. - (Foto: Divulgação)

O futuro da pesca do dourado em Mato Grosso do Sul segue indefinido. A regra que proíbe a captura da espécie nos rios do estado vence em 31 de março, e a Assembleia Legislativa ainda não votou uma nova legislação. Para evitar que o prazo acabe antes de uma decisão definitiva, o deputado estadual Neno Razuk (PL) pediu ao governador Eduardo Riedel (PSDB) e ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS) que editem um decreto prorrogando a proibição.

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A preocupação do parlamentar é simples: sem uma nova regra em vigor, a pesca do dourado ficaria automaticamente liberada, o que ele considera um retrocesso ambiental. “Não podemos aceitar a liberação do dourado. Mato Grosso do Sul é exemplo na preservação ambiental, mas na questão da pesca está ficando para trás”, disse Razuk durante sessão na Assembleia nesta quarta-feira (19).

O embate entre preservação e pesca - A polêmica começou em 2023, quando Neno apresentou um projeto que propunha cota zero para 29 espécies de peixes por cinco anos. A ideia não agradou pescadores profissionais nem amadores, que argumentaram que a proibição afetaria sua atividade econômica. Após pressão, a lista caiu para 12 espécies, mantendo o dourado entre elas.

Agora, a regra está prestes a expirar e a Assembleia precisa decidir se mantém a proibição, libera a pesca ou encontra um meio-termo. Enquanto isso, Razuk quer ganhar tempo para que a nova legislação seja discutida sem pressa.

Precisamos de estudos ou de decisão política? Os críticos da cota zero defendem que é necessário um levantamento técnico sobre a população de dourados nos rios sul-mato-grossenses antes de qualquer decisão. Para eles, sem dados concretos, a restrição pode ser excessiva.

O deputado, por outro lado, vê a questão de outra forma. “Para preservar o meio ambiente, não precisa de estudo. Quem precisa de estudo é quem quer depredar e destruir os rios”, afirmou.

O impasse não será resolvido rapidamente. Na próxima sexta-feira (21), a Assembleia realizará uma audiência pública para discutir o tema. Até lá, o futuro do dourado segue indefinido.

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