
A reforma do prédio da antiga rodoviária de Campo Grande, na região central da cidade, segue sem prazo definido para conclusão, mesmo após mais de quatro anos de atraso. O impasse tem causado prejuízo direto a mais de 100 proprietários de salas comerciais no local, que estão impedidos de explorar economicamente seus imóveis.
Projeto da antiga rodoviária em Campo Grande - (Foto: Divulgação)
O assunto foi levado nesta terça-feira (11) ao presidente da Câmara Municipal, vereador Epaminondas Vicente Neto, o Papy. Em reunião com a representante da Associação dos Proprietários, Heloísa Cury, foram apresentados os principais problemas enfrentados desde o início da obra, ainda sem data de entrega confirmada.
Associação da Antiga Rodoviária aciona Câmara para cobrar agilidade na revitalização do prédio
Prédio cercado por tapumes afasta investidores - De acordo com a associação, a falta de informações concretas sobre o cronograma da reforma e a aparência de abandono do imóvel têm afastado possíveis inquilinos e investidores. “O prédio está fechado, cercado por tapumes, e isso gera desconfiança. Sem retorno, não conseguimos pagar nem os impostos”, relatou Heloísa.
Além da conclusão da obra, os proprietários cobram da prefeitura a revisão da cobrança de IPTU no período em que o imóvel esteve inacessível. Muitos relatam dificuldades para manter em dia os tributos de imóveis que não geram nenhum tipo de renda.
O vereador Papy afirmou que vai levar o caso ao Executivo Municipal. Ele reconheceu o impacto econômico do atraso e defendeu a entrega do projeto, financiado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), como parte da recuperação do centro da cidade.
“Estamos falando de um investimento importante para revitalização urbana. A Câmara tem interesse em acompanhar essa situação de perto e garantir que a obra avance”, disse. A prefeitura ainda não se manifestou oficialmente sobre o andamento das obras ou sobre a possibilidade de revisão do IPTU.

