
O conceito de desenvolvimento sustentável e preservação encontra uma expressão notável em um projeto inovador no coração do Pantanal. O "REDD+ Serra do Amolar" acaba de receber a pioneira certificação de crédito de carbono no bioma, graças a suas atividades de conservação em uma área extensa de 135 mil hectares.

Conduzido pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), este projeto alinha-se com a política do Governo do Estado de neutralizar as emissões de carbono em Mato Grosso do Sul até 2030.

Para tal feito, o projeto, com sucesso, executa uma série de ações em uma região que abrange quatro Reservas Particulares de Patrimônio Natural na Serra do Amolar.
Entre as ações, destaca-se o monitoramento contínuo para mensurar a biodiversidade na região. Além disso, medidas de prevenção do fogo e impedimento do desmatamento estão em vigor. A integração das comunidades em atividades de recuperação de áreas degradadas e a promoção do turismo sustentável também se fazem presentes.
Esses esforços culminaram na certificação de créditos de carbono para o período de 2016 a 2020, prontos para comercialização no mercado voluntário. As vendas em andamento proporcionam recursos adicionais que são direcionados pelo instituto para a preservação da natureza no Pantanal.
Onça pintada na Serra do Amolar, no Pantanal (Foto: Divulgação/IHP)
"Neste contexto de conservação e serviços ambientais, surgem oportunidades como a certificação de créditos de carbono, realizada pelo Instituto Homem Pantaneiro. Ainda estamos trabalhando no mecanismo de biodiversidade. Estas são questões da bioeconomia que não podem ser negligenciadas em um bioma que é amplamente preservado", destacou o presidente do IHP, Coronel Ângelo Rabelo.

O governador Eduardo Riedel, que participou do lançamento do projeto em maio deste ano, enfatizou que tais iniciativas estão alinhadas com a política do estado, centrada no desenvolvimento sustentável e na conservação do Pantanal, com o Estado Carbono Neutro como um dos pilares fundamentais.
Esta certificação, concedida pelo VERRA, a empresa líder no mercado de metodologia REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), marca a primeira para um projeto no Pantanal. Com o apoio estratégico do Programa Conexão Jaguar, mantido pela empresa ISA CTEEP, este projeto certifica um total de 231 mil toneladas de CO2, com uma duração prevista de 30 anos.
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O mercado de carbono proporciona oportunidades para empresas e organizações compensarem suas emissões de gases de efeito estufa, adquirindo créditos gerados por projetos que promovem essa redução. O Secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, avalia positivamente essa ação no Pantanal, destacando o potencial para replicar este modelo em outras instituições.
