
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a colocar o nome de Jeffrey Epstein no centro do debate político. Nesta sexta-feira (15), a procuradora-geral Pam Bondi anunciou a designação do procurador federal Jay Clayton, de Manhattan, para investigar os vínculos do falecido financista com opositores políticos do republicano, como o ex-presidente Bill Clinton e o ex-secretário do Tesouro Larry Summers.
O pedido acontece dias após o Congresso divulgar cerca de 23 mil páginas de documentos sobre o caso Epstein. Parte desse material inclui e-mails em que o empresário menciona o nome de Trump e sugere que o então presidente sabia de seus crimes. A Casa Branca, por sua vez, rebateu as alegações e acusou os democratas de tentarem difamar o republicano.
Apesar da ofensiva de Trump, nenhum dos citados foi formalmente acusado pelas vítimas de Epstein até o momento. Em uma postagem na rede Truth Social, o presidente defendeu que a “farsa Epstein envolve democratas, não republicanos”, e exigiu investigações sobre o banco JP Morgan e figuras públicas ligadas ao Partido Democrata.
Além da investigação federal, Trump ainda ameaçou processar meios de comunicação como a BBC, acusando-os de má-fé na cobertura do escândalo. Internamente, críticos apontam a iniciativa como tentativa de desviar o foco da proximidade do próprio presidente com Epstein, amizade que perdurou por anos.
A procuradora Bondi, que aceitou o pedido prontamente, foi alvo de críticas por reforçar o que analistas veem como erosão da independência entre o Departamento de Justiça e a Casa Branca. Até o momento, o FBI afirma não ter encontrado evidências que sustentem acusações contra terceiros.
A ação de Trump acirra ainda mais o ambiente político nos EUA, a menos de um ano das eleições presidenciais de 2026.

