
Mais de um ano depois de a pandemia do coronavírus chegar em Mato Grosso do Sul, apuração realizada em algumas redes de farmácias e drogarias de Campo Grande, indica que a procura pela cloroquina segue dividida.

No início da pandemia, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), condicionou a venda desse componente à apresentação de receita médica, porém, em algumas redes de farmácia locais, a procura pela droga continuou mesmo sem o receituário.
Na Drogaria São Leopoldo da Av. Júlio de Castilho, as vendas se mantiveram estáveis após a obrigatoriedade do receituário nas compras de cloroquina, mas a procura sem prescrição, ainda é muito alta.
A Drogaria Nielly do Jardim São Conrado, ainda recebe alta demanda de cloroquina pela população da região, entre outros medicamentos que não têm eficácia no tratamento precoce da Covid-19. E, a grande maioria, apresenta a solicitação do fármaco na receita médica.
Já alguns funcionários da Droga 10 da Av. Bandeirantes informaram à reportagem que essa procura diminuiu consideravelmente desde a proibição das vendas sem receita. E, na Drogaria Freire da Av. Mascarenhas de Moraes, os funcionários relataram que nunca houve uma grande demanda.
Quanto ao preço, o medicamento subiu 50% em média, segundo a Associação de Lúpus e Doenças Reumáticas: R$ 40 para R$ 60 a caixa de hidroxicloroquina com 30 comprimidos, versão mais branda do remédio.
Na última semana, o uso de medicamentos sem eficácia colocou cinco pacientes na fila do transplante de fígado em São Paulo. Semanas antes, diagnosticados com Covid, receberam a prescrição do “kit covid”, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro. Os pacientes fizeram o ‘tratamento precoce’, e desenvolveram quadros graves.
