Prêmio MEC reconhece dois jovens de MS entre os melhores do país

Gabriel Leon de Alencar (à esquerda) e André Gustavo Santos Simões Barreto (à direita), alunos da rede estadual de Mato Grosso do Sul premiados pelo MEC na categoria Enem. - Divulgação/MEC

No Dia do Estudante, 11 de agosto, o Salão Nobre do Palácio do Planalto estava cheio de flashes, medalhas, discursos e aplausos. Entre governadores, ministros e assessores, dois jovens de Mato Grosso do Sul se destacaram: Gabriel Leon de Alencar e André Gustavo Santos Simões Barreto. Alunos da rede pública estadual, eles receberam a medalha do Prêmio MEC da Educação Brasileira na categoria Enem, por terem as maiores notas de redação entre todos os concluintes do estado.

A escolha foi objetiva. Cada unidade da federação indicou, automaticamente, dois estudantes com as maiores notas, segundo dados do Inep. Em caso de empate, a regra previa o uso da média das quatro áreas de conhecimento do exame. Gabriel e André chegaram lá sem inscrição, sem campanha, mas com muito estudo e, agora, com o nome gravado na lista de 54 alunos premiados em todo o país.

O Prêmio MEC é considerado pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o “Oscar da educação brasileira”. Criado para valorizar práticas e resultados de excelência na educação básica, ele contempla oito categorias: Educação Infantil; Alfabetização; Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental; Ensino Médio; Enem; Educação em Tempo Integral; e Educação Profissional e Tecnológica. A edição de 2025 premiou 116 vencedores — entre estudantes, escolas, municípios e estados — e distribuiu 62 troféus, 54 medalhas, prêmios em dinheiro e equipamentos para algumas categorias.

Na categoria Enem, além das medalhas, havia uma disputa indireta entre os estados: aquele com o maior percentual de participação dos concluintes da rede pública no exame leva R$ 500 mil para investir em educação.

Camilo Santana, ministro da Educação, destacou que a conquista de Gabriel e André reflete tanto o mérito pessoal quanto o esforço coletivo da rede estadual. Lula, no discurso de entrega, reforçou a dimensão simbólica do momento:

— A sensação que eu tive aqui, entregando esse prêmio para vocês, é como se eu estivesse entregando o Oscar. O Oscar da resiliência, da teimosia, de pessoas que acreditam que não tem nada impossível nesse planeta, quando a gente tem vontade. Quem pensa pequeno, sonha pequeno. E é preciso sonhar grande.

Com as medalhas no peito, os dois sul-mato-grossenses voltam para casa carregando mais do que reconhecimento. Para eles, o prêmio é um carimbo no passaporte de futuros sonhos; para a rede pública de Mato Grosso do Sul, é a prova de que, quando o ensino é levado a sério, o palco pode ser até o Planalto.

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