A Prefeitura de Campo Grande mobilizou, entre a noite de quarta-feira (5) e a manhã desta quinta (6), uma força-tarefa para atender cerca de 40 famílias atingidas pelo temporal que atingiu as comunidades Esperança e Cidade dos Anjos, no Parque Lageado.
A resposta foi imediata: 40 lonas foram distribuídas ainda na noite do vendaval, garantindo abrigo emergencial às famílias, enquanto, na manhã seguinte, chegaram colchões, cobertores e cestas básicas.
A ação envolveu equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), da Empresa Municipal de Habitação (EMHA) e da Articulação Regional, mobilizadas pelo CRAS Rosa Adri/Praça CÉU, que atuaram de forma ininterrupta desde o chamado dos moradores.
“Foi um desespero, mas a ajuda chegou rápido”
Entre os atendidos está Grécia Beatriz Benitez Vallejo, 31 anos, moradora da comunidade Esperança. Mãe de crianças pequenas, ela relata o susto com o vento forte.
“Começou a tremer tudo. A telha quase saiu voando. Eu estava sozinha com as crianças e fiquei muito assustada. Depois que passou, pedi ajuda ao Ismael do CRAS. Ele sempre lembra da gente”, contou.
O coordenador do CRAS, Ismael de Deus Lima, destacou que a rapidez na resposta foi essencial para minimizar os danos.
“Fomos acionados pela comunidade, que estava desesperada. Muitas casas tiveram telhas arrancadas e famílias ficaram sem ter onde dormir. Acionamos imediatamente a SAS, a Defesa Civil e a Articulação Regional. Fizemos o levantamento casa a casa e o atendimento começou na hora”, explicou.
Famílias acolhidas
A jovem Luana Pereira Goseffi, 21 anos, mãe de duas meninas, foi outra moradora que recebeu apoio. Parte do telhado da casa dela foi arrancada, molhando móveis e roupas.
“Perdemos muita coisa. As meninas não tinham onde dormir. Improvisei uma cabaninha com a lona que a EMHA trouxe à noite. Essa ajuda chegou em boa hora. A gente não tinha mais nada”, disse, enquanto recebia um colchão, cobertores e cesta básica.
O morador Wilson de Souza Amorim, 25 anos, também teve a casa atingida. Ele conseguiu colocar a esposa grávida e os filhos em segurança antes do vento aumentar. “Uma parte do telhado da minha casa saiu e molhou tudo. Agora, com a chegada dos cobertores e do colchão, é um alívio. A ajuda veio quando mais precisávamos”, afirmou.
A líder comunitária Daniela da Silva, 30 anos, mãe de quatro filhos, foi uma das primeiras a acionar o CRAS.
“Assim que acalmou a ventania, liguei para o Ismael. Logo estavam aqui atendendo quem perdeu tudo. Antes a gente não tinha esse apoio. Hoje o CRAS está presente, ajudando as crianças, os idosos e todos nós”, disse.
Na primeira noite, foram entregues 40 lonas pela EMHA, evitando novos danos aos barracos.
Na manhã seguinte, as equipes distribuíram 35 cestas básicas, 12 colchões e 57 cobertores, garantindo condições mínimas para que as famílias pudessem se reorganizar.
As comunidades Esperança e Cidade dos Anjos somam cerca de 300 famílias, e o atendimento emergencial seguirá sendo monitorado pela SAS e pelo CRAS para assegurar suporte contínuo às famílias afetadas.
