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IMOBILIÁRIO

Prefeitura de Campo Grande leiloa terreno em área nobre com lance inicial de R$ 15,4 mi

Imóvel de 6,5 mil m² na Chácara Cachoeira será leiloado em setembro; local é usado irregularmente como estacionamento e abriga lanchonetes

14 agosto 2025 - 14h30Da Redação
Terreno de 6,5 mil m² na Chácara Cachoeira será leiloado com lance inicial de R$ 15,4 milhões
Terreno de 6,5 mil m² na Chácara Cachoeira será leiloado com lance inicial de R$ 15,4 milhões - (Foto: Reprodução)

A Prefeitura de Campo Grande publicou edital ontem (13) para o leilão de um terreno público localizado no bairro Chácara Cachoeira, uma das regiões mais valorizadas da cidade. Com 6.521 metros quadrados, o imóvel tem valor inicial estipulado em R$ 15.416.817,78 e será leiloado de forma online no dia 11 de setembro, às 9h (horário de Mato Grosso do Sul).

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A área está situada em frente à universidade Uniderp e ocupa um quadrilátero urbano de alta valorização imobiliária. Apesar de ser classificado como “área verde” no zoneamento urbano, o terreno é usado há anos como estacionamento irregular e abriga lanchonetes que funcionam informalmente.

O edital informa que o imóvel está atualmente sem destinação definida pelo poder público. De acordo com a Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), não há projetos para o uso do espaço. A Agência Municipal de Habitação (Emha) também afirmou não ter interesse no local.

O preço de avaliação foi definido com base em laudo técnico elaborado pela Gerência de Fiscalização e Avaliação Imobiliária da prefeitura. Interessados em participar do leilão poderão agendar visitas ao local com a Coordenadoria de Gestão de Áreas Públicas. O leilão será conduzido pela empresa Hammer Leilões.

Segundo a prefeitura, a venda está amparada pela Lei Municipal nº 4.919, de 28 de dezembro de 2010, que autoriza a alienação de áreas públicas sem uso. O argumento apresentado no edital é que a medida visa promover o aproveitamento de ativos ociosos, com potencial para gerar desenvolvimento econômico, social e tecnológico.

Além da função de estacionamento, o terreno também tem histórico de protestos e questionamentos. Em 2024, grupos denunciaram o uso indevido da área enquanto outras ocupações urbanas da cidade foram removidas. Em resposta, a Secretaria Municipal de Infraestrutura chegou a realizar a limpeza do espaço com uso de maquinário, mas o terreno voltou a ser ocupado informalmente.

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