
Na manhã desta quarta-feira (11), a Polícia Federal realizou buscas no Auto Posto Ladário, estabelecimento pertencente ao filho do prefeito eleito de Ladário, Munir Sadeq Ramunieh. A ação faz parte da Operação Tanque Cheio, que investiga suspeitas de compra de votos por meio de abastecimento de veículos durante o pleito eleitoral deste ano.

Segundo informações, os policiais apreenderam documentos, mídias digitais e outros itens no local, situado na Avenida 14 de Março, no centro de Ladário. O advogado do prefeito eleito, Maarouf Fahd Maarouf, afirmou que Munir está colaborando com a investigação e entregou seu celular para análise. Ele alega que a denúncia tem "cunho político" e foi realizada por um opositor.
Histórico de investigações - Esta não é a primeira vez que Munir Sadeq enfrenta acusações. Em 2020, ele foi alvo da Operação Posto Exclusivo, que investigava fraudes em licitações para fornecimento de combustíveis à prefeitura. Além disso, seu histórico inclui processos por corrupção, tráfico de pessoas, exploração sexual e favorecimento à prostituição.
As investigações, conduzidas ao longo de mais de uma década pelo MPF e pela Polícia Federal, apontam o envolvimento do prefeito eleito em esquemas de contrabando, sonegação fiscal e exploração sexual. Durante esse período, Munir foi alvo de operações que investigaram desvios na Receita Federal e redes de exploração de prostituição em Corumbá.
Eleição polêmica - Mesmo com o histórico controverso, Munir foi eleito prefeito de Ladário neste ano, recebendo 58,52% dos votos. A investigação atual lança luz sobre a legitimidade de sua campanha e reacende debates sobre corrupção eleitoral.
A Polícia Federal segue analisando os materiais apreendidos para identificar outros possíveis envolvidos. Enquanto isso, Munir e seus advogados sustentam que todas as acusações são infundadas.
