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INVESTIGAÇÃO

Prefeito eleito de Ladário é investigado por troca de combustível por votos

Munir Sadeq Ramunieh nega acusações e colabora com a investigação da PF

11 dezembro 2024 - 09h44Da redação
PF realiza buscas em posto de combustível ligado ao prefeito de Ladário
PF realiza buscas em posto de combustível ligado ao prefeito de Ladário - (Foto: Divulgação)

Na manhã desta quarta-feira (11), a Polícia Federal realizou buscas no Auto Posto Ladário, estabelecimento pertencente ao filho do prefeito eleito de Ladário, Munir Sadeq Ramunieh. A ação faz parte da Operação Tanque Cheio, que investiga suspeitas de compra de votos por meio de abastecimento de veículos durante o pleito eleitoral deste ano.

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Segundo informações, os policiais apreenderam documentos, mídias digitais e outros itens no local, situado na Avenida 14 de Março, no centro de Ladário. O advogado do prefeito eleito, Maarouf Fahd Maarouf, afirmou que Munir está colaborando com a investigação e entregou seu celular para análise. Ele alega que a denúncia tem "cunho político" e foi realizada por um opositor.

Histórico de investigações - Esta não é a primeira vez que Munir Sadeq enfrenta acusações. Em 2020, ele foi alvo da Operação Posto Exclusivo, que investigava fraudes em licitações para fornecimento de combustíveis à prefeitura. Além disso, seu histórico inclui processos por corrupção, tráfico de pessoas, exploração sexual e favorecimento à prostituição.

As investigações, conduzidas ao longo de mais de uma década pelo MPF e pela Polícia Federal, apontam o envolvimento do prefeito eleito em esquemas de contrabando, sonegação fiscal e exploração sexual. Durante esse período, Munir foi alvo de operações que investigaram desvios na Receita Federal e redes de exploração de prostituição em Corumbá.

Eleição polêmica - Mesmo com o histórico controverso, Munir foi eleito prefeito de Ladário neste ano, recebendo 58,52% dos votos. A investigação atual lança luz sobre a legitimidade de sua campanha e reacende debates sobre corrupção eleitoral.

A Polícia Federal segue analisando os materiais apreendidos para identificar outros possíveis envolvidos. Enquanto isso, Munir e seus advogados sustentam que todas as acusações são infundadas.

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