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13 de novembro de 2025 - 09h54
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INTERNACIONAL

Almirante Gouveia e Melo lidera corrida à presidência com apoio da comunidade luso-brasileira

Responsável pelo plano de vacinação contra a Covid-19, ex-chefe da Armada defende equilíbrio político e destaca importância dos brasileiros para o futuro do país

13 novembro 2025 - 08h00Daniel Gateno
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, discursa na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, discursa na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York - (Foto: Richard Drew / AP)

Favorito nas eleições presidenciais de Portugal marcadas para janeiro de 2026, o almirante Henrique Gouveia e Melo se apresenta como um “socialista democrata” disposto a frear o avanço da extrema-direita no país. Ex-chefe do Estado-Maior da Armada e rosto popular durante a pandemia por comandar a bem-sucedida campanha de vacinação, Gouveia e Melo lidera as pesquisas de intenção de voto com folga.

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Em entrevista ao Estadão, o militar destacou sua ligação com o Brasil — onde viveu entre 1975 e 1979 — e minimizou o impacto imediato da nova lei que endurece as regras para entrada de imigrantes brasileiros em Portugal. Segundo ele, a comunidade brasileira continua sendo essencial para o desenvolvimento econômico português.

“A nossa economia ainda precisa de mão de obra em setores como hotelaria e serviços. A transição para uma economia mais qualificada levará tempo. O futuro de Portugal inclui, necessariamente, a população brasileira”, afirmou.

Gouveia e Melo esteve recentemente em São Paulo e no Rio de Janeiro para estreitar laços com a comunidade luso-brasileira e estabelecer diálogos políticos. O almirante defende uma aliança econômica estratégica entre Portugal, Brasil e Angola, para conectar Europa, América do Sul e África.

Embora o cargo de presidente em Portugal seja mais simbólico — com funções de representação, fiscalização e garantidor da ordem institucional —, Gouveia e Melo pretende usar o cargo para promover equilíbrio político, combatendo os extremos. Ele atribui o crescimento da direita radical à pressão migratória e aos desgastes cíclicos do sistema democrático, mas alerta: “as soluções devem vir do centro”.

Sobre política externa, o almirante considerou o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal como uma resposta proporcional à escalada do conflito na Faixa de Gaza. Ele reforça que Israel tem o direito de se defender, mas critica a condução da guerra.

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