Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
07 de outubro de 2025 - 21h04
pmcg
CORRUPÇÃO POLICIAL

Dez policiais rodoviários do Paraná são afastados por esquema de corrupção e lavagem de dinheiro

Operações Rota 466 e Via Pix investigam propinas via Pix e envolvimento de empresas e civis

7 outubro 2025 - 19h00Fausto Macedo e Rayssa Motta
Operação Rota 466 e Operação Via Pix miram possíveis crimes praticados por policiais rodoviários estaduais.
Operação Rota 466 e Operação Via Pix miram possíveis crimes praticados por policiais rodoviários estaduais. - (Foto: MPPR)
Terça da Carne

Dez policiais militares rodoviários do Paraná foram afastados nesta terça-feira (7) sob suspeita de participação em um esquema sofisticado de corrupção e lavagem de dinheiro que prejudicou cerca de 100 motoristas nas rodovias estaduais. Um ex-comandante do posto de Guarapuava foi preso preventivamente.

Canal WhatsApp

As investigações foram conduzidas pelo Gaeco (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, em duas operações: a segunda fase da Rota 466 e a Via Pix.

Rota 466

Na segunda fase da operação, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, três de busca pessoal, um de prisão e de arresto de bens e contas bancárias em cidades como Guarapuava, Imbituva, Ponta Grossa, Laranjeiras do Sul, Guaraniaçu e Pitanga. A investigação identificou crimes de concussão, corrupção passiva e lavagem de ativos, envolvendo policiais que exigiam propina de motoristas flagrados em infrações ou de trabalhadores no salvamento de cargas tombadas.

O ex-comandante do posto de Guarapuava, preso preventivamente, já havia sido alvo da primeira fase da operação. Ele teria recebido pelo menos R$ 47 mil em propina e tentado atrapalhar as investigações.

Via Pix

O Núcleo de Ponta Grossa do Gaeco cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em residências e postos policiais de municípios como Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul, Telêmaco Borba, Jaguariaíva, Arapoti, Wenceslau Braz e Siqueira Campos. Sete policiais rodoviários estaduais foram afastados das funções operacionais, e contas bancárias foram bloqueadas.

A investigação revelou que os policiais cobravam vantagens indevidas durante blitz e fiscalizações de rotina, liberando veículos apenas mediante pagamento em dinheiro ou transferência via Pix. Grande parte das propinas era movimentada em contas de terceiros, incluindo empresas e civis, configurando lavagem de dinheiro.

Entre dezembro de 2024 e agosto de 2025, os investigados receberam ilegalmente cerca de R$ 140 mil via Pix. Aproximadamente 100 motoristas foram identificados como vítimas do esquema, e parte deles já prestou depoimento.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop

Deixe seu Comentário

Veja Também

Mais Lidas