
A Polícia Civil de Fátima do Sul, em Mato Grosso do Sul, emitiu uma nota oficial nesta terça-feira (4) desmentindo a circulação de mensagens em grupos de WhatsApp que alertavam sobre supostas tentativas de sequestro de meninas no município. A investigação revelou que a denúncia era falsa e foi inventada por uma adolescente.
Segundo o comunicado, uma jovem procurou a delegacia no último domingo (3) relatando que havia sido alvo de uma tentativa de sequestro por ocupantes de um carro preto. Diante da gravidade do relato, equipes do Setor de Investigações Gerais (SIG) foram mobilizadas imediatamente para apurar o caso.
Relato apresentava contradições - Durante as diligências, os investigadores identificaram inconsistências no depoimento da adolescente. Ao ser confrontada, a jovem confessou que havia mentido aos pais e professores. Segundo a Polícia Civil, o motivo alegado por ela foi o desejo de não ir à escola naquele dia.
A corporação ressaltou que, além de comprometer o trabalho das forças de segurança, esse tipo de comportamento é crime. “Provocar a atuação estatal narrando crime inexistente configura o delito previsto no art. 340 do Código Penal”, destacou a nota.
Falso alarme também é contravenção penal - A Polícia também alertou que espalhar informações falsas que gerem pânico coletivo pode ser enquadrado como contravenção penal. “Divulgar ou anunciar falso perigo ou desastre, causando alarme ou pânico na população, caracteriza a contravenção penal de falso alarme”, reforça o texto.
Para as autoridades, a repercussão de boatos em redes sociais e aplicativos de mensagens, como WhatsApp, desvia recursos e tempo dos policiais, atrapalha investigações reais e cria um clima de medo injustificado na cidade.
A Polícia Civil orienta a população a manter os cuidados com crianças e adolescentes, mas de forma responsável, evitando espalhar informações sem confirmação. Em caso de suspeitas reais, o correto é acionar diretamente os canais oficiais das forças de segurança.
Canais de denúncia continuam disponíveis - A Polícia reforça que está à disposição da população e qualquer informação relevante deve ser comunicada diretamente à delegacia ou pelos canais oficiais, evitando intermediários e redes informais.


