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SÃO PAULO

PM usa gás lacrimogêneo em estudantes durante festa da Faculdade de Direito da USP

'Peruada', tradicional evento político-carnavalesco, termina com ação da PM que deixou alunos passando mal no centro de São Paulo

18 outubro 2025 - 14h10Redação E+
Polícia Militar dispersou as pessoas presentes na 'Peruada'
Polícia Militar dispersou as pessoas presentes na 'Peruada' - Foto: Júlia Wong

Estudantes da Faculdade de Direito da USP relataram confronto com a Polícia Militar (PM) durante a desconcentração da "Peruada", festa político-carnavalesca da faculdade, na noite de 17 de outubro. Segundo relatos, a PM utilizou gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra os participantes.

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O caso foi registrado em vídeo divulgado no Instagram do Centro Acadêmico da faculdade. A presidente do Centro Acadêmico, Júlia Wong, afirmou que a ação policial ocorreu sem motivo aparente: "Fomos atacados sem qualquer justificativa. Essa atuação revela o quanto a Polícia Militar está despreparada para lidar com os cidadãos de São Paulo".

Em nota, a PM alegou que o trajeto da festa deveria ser concluído até as 18h, mas os estudantes permaneceram bloqueando o cruzamento da Rua Riachuelo com a Avenida Brigadeiro Luís Antônio até 18h30.

Wong detalhou que a intervenção policial foi intensa e desnecessária. "Não houve nenhum incidente que justificasse tamanha truculência. Atendemos todos os pedidos da PM para adiantarmos ou atrasarmos o percurso e, até aquele momento, não havia ocorrido nenhum desentendimento", disse.

Segundo a estudante, a ação durou entre 20 e 30 minutos e causou mal-estar em alguns participantes, que precisaram de atendimento médico no local. "Precisamos acionar socorristas e ajudar a retirar as pessoas da área", completou.

Durante o evento, os alunos criticaram políticos como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), mas não fizeram menção à PM. O vídeo divulgado mostra gritos como "Fora Nunes" e "Fora Tarcísio".

A Polícia Militar é subordinada ao governo estadual. Até a publicação desta reportagem, Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes não se pronunciaram sobre o episódio. O espaço segue aberto para posicionamento.

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