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DESENVOLVIMENTO

Placas solares transformam escolas públicas em MS e garantem economia e sustentabilidade

Investimento do Governo do Estado leva energia limpa a 40 escolas e reduz contas de luz em até 40% com Parceria Público-Privada

21 julho 2025 - 09h35Iury de Oliveira
Placas solares na Escola Estadual Amando de Oliveira
Placas solares na Escola Estadual Amando de Oliveira - (Fotos: Álvaro Rezende)

A Escola Estadual Amando de Oliveira, em Campo Grande (MS), se tornou símbolo da modernização da rede pública de ensino em Mato Grosso do Sul. Com 50 anos de história, a unidade localizada na Vila Piratininga recebeu uma reforma completa e, entre as novidades, ganhou um sistema de geração de energia solar com a instalação de placas fotovoltaicas, o que já resulta em economia e mais sustentabilidade.

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O projeto faz parte de uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Educação (SED), que já contemplou 40 escolas em 19 municípios com sistemas de energia solar. Além de melhorar a infraestrutura física das unidades, a medida tem impacto direto na redução dos custos operacionais das instituições.

Desde 2023, foram investidos aproximadamente R$ 5 milhões na implantação das placas solares nas escolas estaduais. Campo Grande lidera a lista com 11 unidades beneficiadas, seguida por Dourados (5), Maracaju (4), Corumbá (3) e outras cidades como Anastácio, Três Lagoas e Nova Andradina.

Diretor Henrique RamosDiretor Henrique Ramos

O secretário estadual de Educação, Hélio Daher, destacou que a modernização vai além da estética ou da estrutura física. “Nas reformas buscamos garantir uma infraestrutura moderna e de qualidade, com espaços acolhedores e funcionais para estudantes e profissionais da Rede Estadual de Ensino. Nesse trabalho, um destaque para o compromisso de promover escolas mais sustentáveis, observando o contexto de cada unidade”, explicou.

Daher lembra que, anteriormente, as placas solares eram comuns apenas em escolas de difícil acesso, como em áreas rurais. Agora, a iniciativa se expande para áreas urbanas, mostrando um novo padrão de gestão pública voltado à eficiência energética.

Para o diretor da Escola Estadual Amando de Oliveira, Henrique Manoel Ramos, o impacto é evidente tanto na rotina pedagógica quanto na administração da unidade. “Quando a escola completou 50 anos a reforma foi finalizada. Então ela foi contemplada com várias melhorias, entre elas as placas solares. Isto mostra a preocupação com a questão da sustentabilidade e economia de gastos. Tivemos outras mudanças como gás natural encanado, ou seja, nós recebemos uma estrutura preparada para nova realidade”, disse.

A escola atende atualmente 460 estudantes no sistema de ensino integral e foi totalmente revitalizada, tornando-se referência na região.

Além das ações da SED, Mato Grosso do Sul vem avançando por meio da Parceria Público-Privada (PPP) de energia solar fotovoltaica, gerenciada pela Secretaria Estadual de Administração (SAD). O projeto começou a gerar energia para prédios públicos em dezembro de 2024 e, desde janeiro de 2025, já garantiu redução média de 40% na conta de luz de 183 escolas da rede estadual.

Escolas da Rede Estadual também são beneficiadas pela PPPEscolas da Rede Estadual também são beneficiadas pela PPP

A energia é gerada por usinas localizadas no interior do Estado. As primeiras a entrar em operação foram as de Iguatemi e Mundo Novo. Em breve, as unidades de Nova Andradina, Rochedo e Corguinho também estarão conectadas, ampliando a capacidade de geração.

Com a implantação total do sistema, a previsão é atender até 1.400 prédios públicos do Poder Executivo Estadual, com uma capacidade de geração anual superior a 25 mil MWh. Segundo o secretário estadual de Administração, Frederico Felini, o impacto será significativo. “A Parceria Público-Privada na produção de energia limpa para os prédios públicos do Governo de Mato Grosso do Sul vem se mostrando um grande caso de sucesso, tendo em vista que nós já estamos aproveitando esta energia limpa para mais de 183 prédios públicos, principalmente para Educação, em escolas tanto da Capital, como do interior do Estado”, afirmou.

Felini acrescentou que o projeto contribui diretamente para o compromisso com políticas ambientais e com a neutralização das emissões de carbono até 2030. “Nossa previsão é que até o final do ano estaremos com 826 prédios ligados nas cinco fazendas fotovoltaicas, que estão distribuídas por várias cidades do interior do Estado. Já se aponta uma economia significativa para os cofres públicos, no entanto o mais importante é a produção de energia limpa e sustentável”, concluiu.

O Governo de Mato Grosso do Sul planeja conectar 100% dos prédios públicos estaduais elegíveis à rede de geração solar ainda em 2025. A PPP tem duração prevista de 23 anos e é operada pela empresa HCC Energia Solar. Estruturada originalmente pelo Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE) e pela Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seilog), a iniciativa coloca o Estado como referência nacional em gestão energética.

Economia de gastos nas escolas estaduais de MSEconomia de gastos nas escolas estaduais de MS

O modelo implantado também permite que os recursos economizados com contas de luz sejam redirecionados para outras áreas prioritárias, como educação, saúde e infraestrutura.

Além da economia direta nas contas de energia, a presença das placas solares nas escolas também tem um efeito educativo. Professores e alunos passaram a incorporar discussões sobre sustentabilidade e meio ambiente nas atividades pedagógicas. Isso contribui para a formação de uma geração mais consciente sobre o uso dos recursos naturais e o papel das energias renováveis na mitigação das mudanças climáticas.

Na prática, os estudantes observam os resultados no dia a dia: ambientes mais confortáveis, menos interrupções no fornecimento de energia e uma nova consciência ambiental sendo construída dentro das salas de aula.

A iniciativa de Mato Grosso do Sul está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, especialmente os que tratam de energia limpa e acessível, educação de qualidade e ação contra a mudança global do clima. Ao unir infraestrutura moderna, gestão pública eficiente e consciência ambiental, o Estado se posiciona como modelo de inovação no setor público.

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