
Polícia Federal deflagrou, nesta semana, a Operação Hefesto II, com o objetivo de combater o garimpo ilegal de ouro e outros crimes ambientais no rio Madeira, em Rondônia, um dos principais afluentes do rio Amazonas. A ação acontece às vésperas da COP-30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em novembro, em Belém (PA).
Durante a operação, agentes identificaram dragas e balsas de médio e grande porte utilizadas para a extração em larga escala de minério.
“Durante as diligências foram identificadas dragas e balsas de médio e grande porte empregadas na extração, evidenciando atividade estruturada e com capacidade de extração em larga escala, distinta de práticas artesanais”, informou a PF em nota.
Devido à impossibilidade de remoção dos equipamentos, os agentes inutilizaram 49 embarcações e motores usados na atividade ilegal.
Garimpo e poluição
A ação também resultou na apreensão de celulares dos suspeitos e de frascos contendo mercúrio, substância altamente tóxica usada para separar o ouro do sedimento do rio. O Ibama participou da operação, que faz parte de um conjunto de ações integradas de combate ao garimpo ilegal na região amazônica.
O uso de mercúrio é considerado uma das principais ameaças ambientais e à saúde pública na Amazônia, contaminando a água, os peixes e as comunidades ribeirinhas.
Foco nos financiadores
Com as provas colhidas em campo, a Polícia Federal informou que a investigação agora busca identificar os financiadores e articuladores do esquema de mineração ilegal. A operação integra os esforços federais para coibir o avanço do garimpo nos rios amazônicos, especialmente em um momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP-30, evento que colocará o país no centro do debate climático mundial.

