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DISPUTA MILIONÁRIA

Pernambucanas cobra R$ 2,3 milhões do Shopping Campo Grande por taxa de condomínio

Rede de lojas alega pagamento excessivo durante oito anos após expansão do shopping, enquanto defesa aponta prescrição do prazo para ação judicial

8 janeiro 2025 - 10h28Da redação
A rede de lojas Pernambucanas iniciou uma ação judicial contra o Shopping Campo Grande
A rede de lojas Pernambucanas iniciou uma ação judicial contra o Shopping Campo Grande - (Foto: Reprodução)

A rede de lojas Pernambucanas iniciou uma ação judicial contra o Shopping Campo Grande para cobrar a devolução de cerca de R$ 2,3 milhões, valor que teria sido pago a mais em taxas de condomínio empresarial entre 2012 e 2020. A disputa gira em torno da expansão do shopping, que aumentou sua área em 18.136,64 m² e resultou na abertura de novas lojas. Mesmo com o crescimento do empreendimento, o percentual do condomínio não foi ajustado adequadamente durante anos.

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A origem do conflito - A expansão do Shopping Campo Grande gerou um aumento considerável no número de lojas e, consequentemente, nas receitas condominiais. A Pernambucanas alega que o valor cobrado das taxas de condomínio permaneceu desproporcional ao longo dos anos.

O reajuste adequado só teria ocorrido após uma Assembleia Geral Extraordinária realizada em 16 de janeiro de 2020, quando o percentual de contribuição da rede caiu de 5,5% para 4,15%. Segundo a empresa, essa mudança comprova que houve um período prolongado de cobrança indevida.

O argumento da defesa - Por outro lado, a BR Malls Participações S.A., administradora do Shopping Campo Grande, defende que a ação judicial foi movida fora do prazo legal. De acordo com a empresa, o ajuizamento deveria ter ocorrido até 2015, mas a ação só foi protocolada em 2021 — nove anos após a inauguração da expansão.

A defesa argumenta que a prescrição do prazo para contestação inviabilizaria a cobrança retroativa, independentemente da revisão feita em 2020.

O impacto da decisão - O caso envolve não apenas a relação entre a Pernambucanas e o Shopping Campo Grande, mas pode estabelecer um precedente importante para outras redes varejistas que enfrentam disputas semelhantes em centros comerciais pelo país.

Se a rede de lojas vencer a ação, poderá abrir espaço para que outros lojistas questionem judicialmente os critérios de cobrança de taxas condominiais após ampliações ou modificações nos shoppings onde operam.

E agora? O desfecho da disputa judicial ainda é incerto. Enquanto a Pernambucanas busca ressarcimento por valores que considera pagos indevidamente, a administradora do shopping se apoia na questão da prescrição legal para se defender.

A decisão judicial terá impacto direto não apenas no relacionamento entre lojistas e administradoras, mas também na forma como as taxas condominiais são ajustadas após ampliações de empreendimentos comerciais no Brasil.

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