O Governo de Mato Grosso do Sul reforçou nesta semana o compromisso com a pecuária moderna e sustentável ao reconhecer os destaques do Programa Precoce MS. Criado para incentivar o abate de bovinos jovens e qualificados, o programa já repassou mais de R$ 125 milhões em bonificações a produtores do Estado — consolidando-se como o maior programa de incentivo à produção rural do país.
Durante o 2º Fórum Técnico do Precoce MS, realizado nesta segunda-feira (27), na sede da Famasul, em Campo Grande, autoridades, técnicos, produtores e lideranças do setor agropecuário se reuniram para discutir os avanços do programa, premiar os destaques do ano e estimular a adesão de novos participantes.
Eficiência e qualidade na produção - Coordenado pelo Governo do Estado e executado em parceria com a Iagro, Sistema Famasul, ASPNP, CRMV-MS e os próprios produtores, o Precoce MS estimula a produção de carne bovina com maior valor agregado. Atualmente, 1,2 milhão de animais são abatidos anualmente dentro do programa, sendo 48% com apenas dentes de leite, o que comprova a precocidade e qualidade da produção.
Para o presidente da ASPNP, Rafael Gratão, o programa valoriza o produtor rural e impacta positivamente toda a cadeia produtiva. “Recebemos incentivos fiscais que poucos Estados oferecem. Esse apoio nos dá fôlego para continuar produzindo com responsabilidade e qualidade”, destacou.
Gratão reforçou que o programa gera impactos econômicos e sociais expressivos, com aumento da produtividade, geração de empregos e maior arrecadação. “O consumidor final também ganha: com carne mais tenra, padronizada e de origem segura”, acrescentou.
Sustentabilidade e tecnologia - O secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta, destacou que o avanço do programa está diretamente ligado ao uso de novas tecnologias e ao esforço dos produtores para adaptar seus sistemas produtivos. “Com a expansão de culturas como eucalipto e soja, o espaço para pastagens diminuiu. Isso nos força a sermos mais eficientes e o Precoce MS ajuda nesse desafio”, disse.
Beretta também reforçou que a produção por hectare dobrou ou até triplicou nos últimos anos, passando de 100 quilos para até 250 quilos/ha/ano em algumas propriedades. “É um ganho técnico que comprova a transformação da pecuária sul-mato-grossense”, afirmou.
Premiação e reconhecimento - O Fórum serviu também como palco para reconhecer o desempenho de produtores e técnicos:
- Rafael Lima e Silva, da Fazenda Ronda (Santa Rita do Pardo)
- Renan Brito, pequeno produtor da Fazenda Valencia (Aquidauana)
- Gustavo Tonhão, médico veterinário responsável técnico
- Daniel Naguchi, auditor do programa
“Esse evento mostra que a política pública está madura e que os produtores entendem seu papel nesse novo cenário da pecuária nacional”, reforçou Beretta.
Participação e fiscalização - Mais de 2.500 produtores já aderiram ao programa, com 1.200 propriedades vistoriadas pela equipe da ASPNP. As auditorias são parte fundamental do protocolo, garantindo o cumprimento de critérios técnicos e ambientais.
A gestora do programa, Gladys Espíndola, apresentou os indicadores mais recentes e destacou que os resultados reforçam a confiança dos produtores no modelo. Também houve mesa redonda para tirar dúvidas com responsáveis técnicos de diferentes regiões do Estado.
