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CHUVA

Passa de 700 o número de abrigos temporários no Rio Grande do Sul

Um grande número de cidades, totalizando 446, foram afetadas pelas enchentes, causando extensos danos e deslocamento de comunidades

12 maio 2024 - 10h45
Devido às enchentes, foram estabelecidos vários abrigos temporários em todo o estado do Rio Grande do Sul para atender as necessidades das pessoas desalojadas.
Devido às enchentes, foram estabelecidos vários abrigos temporários em todo o estado do Rio Grande do Sul para atender as necessidades das pessoas desalojadas. - (Foto: Pedro Piegas PMA)

O Rio Grande do Sul registra atualmente 722 abrigos temporários, estabelecidos em resposta às intensas chuvas, inundações e enxurradas que afetam o estado desde o final de abril.

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De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) do estado, obtidos através das secretarias municipais de Assistência Social, um total de 81.170 pessoas está acomodado nesses abrigos. O número de municípios impactados atinge 446 dos 497 existentes no estado.

O secretário de Desenvolvimento Social do RS, Beto Fantinel, informou que o número de abrigos e desabrigados pode variar conforme as pessoas retornam para suas casas ou precisam deixá-las devido às mudanças no nível das águas. "Os abrigos operam conforme a demanda dos atingidos, que é constantemente variável", explicou.

Ainda enfrentando condições climáticas adversas, o estado prevê mais chuvas intensas para o próximo domingo (15). Em Porto Alegre, por exemplo, o nível do lago Guaíba voltou a subir e pode ultrapassar os cinco metros, dois metros acima do nível de inundação.

Um levantamento conjunto está sendo realizado para avaliar a infraestrutura dos abrigos e as necessidades de materiais, com participação do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome; Ministério da Saúde; Defesa Civil nacional e estadual; e o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O secretário-adjunto da Sedes, Gustavo Saldanha, destacou que o levantamento visa identificar a localização dos abrigos, suas características infraestruturais, o perfil das pessoas desabrigadas e suas necessidades essenciais. Prioridades incluem acesso a água potável, medicamentos, itens de cozinha, cobertores e materiais de limpeza e higiene.

Dados iniciais de 96 abrigos mostraram que 47,92% abrigam gestantes ou puérperas; 47,17% têm populações indígenas ou quilombolas; e 43,75% incluem migrantes. A infraestrutura dos abrigos reportou que 91,67% têm banheiros suficientes para emergências, 78,12% contam com áreas de lazer para crianças e adolescentes, e 62,5% possuem cozinha própria.

Além disso, até a última sexta-feira (9), foram enviadas quase 2 mil toneladas de doações aos desabrigados do RS por órgãos federais, sem contar as contribuições de indivíduos e empresas.

O governo estadual também atualizou o número de mortes relacionadas ao mau tempo, totalizando 143 vítimas, com outras 125 pessoas desaparecidas e 537.380 desalojadas.

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