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Sanae Takaichi é eleita primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do Japão

Ultraconservadora assume o comando do país após renúncia de Shigeru Ishiba; mandato começa sem maioria parlamentar

21 outubro 2025 - 07h50 Fonte: Associated Press
Presidente do Partido Liberal Democrata, Sanae Takaichi recebe aplausos após ser escolhida como a nova primeira-ministra do Japão, durante sessão extraordinária da Câmara Baixa do Parlamento, em Tóquio
Presidente do Partido Liberal Democrata, Sanae Takaichi recebe aplausos após ser escolhida como a nova primeira-ministra do Japão, durante sessão extraordinária da Câmara Baixa do Parlamento, em Tóquio - (Foto: Philip FONG / AFP)
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O Parlamento japonês elegeu nesta terça-feira (21) Sanae Takaichi como primeira-ministra do Japão, a primeira mulher a ocupar o cargo na história do país. A escolha da ultraconservadora de 64 anos ocorre após a renúncia de Shigeru Ishiba, que deixou o cargo após a derrota do Partido Liberal Democrata (PLD) nas eleições de julho.

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A chegada de Takaichi ao topo do poder foi garantida por um acordo de coalizão com o partido de direita Inovação do Japão, liderado pelo governador de Osaka, Hirofumi Yoshimura. O rompimento com o tradicional aliado Komeito, de linha centrista e pacifista, porém, deixou o novo governo sem maioria no Parlamento, o que pode comprometer a estabilidade política da nova gestão.

Discípula do ex-premiê Shinzo Abe, assassinado em 2022, Takaichi é conhecida por posições nacionalistas e conservadoras. Defende a revisão da Constituição pacifista, o fortalecimento das Forças Armadas, além de reformas econômicas com maior participação estatal.

Apesar de ser um marco histórico por ser a primeira mulher a assumir o comando do país, Takaichi evita associar sua posse ao avanço da igualdade de gênero. Também já se manifestou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e contra a adoção de sobrenomes diferentes por casais japoneses — dois temas centrais no debate sobre direitos civis no país.

Takaichi assumiu o cargo afirmando que "a estabilidade política é essencial" e terá o desafio de governar sem uma maioria parlamentar estável, diante de uma oposição fragmentada e de crescentes tensões internacionais no Indo-Pacífico.

Analistas consideram que seu governo terá de buscar consensos pontuais no Legislativo para aprovar pautas prioritárias, o que poderá moderar parte de sua agenda mais radical.

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