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DEMANDAS

Paralisação de motoristas de aplicativos em MS poderá ser estendida na semana

Os municípios de Campo Grande, Ponta Porã, Dourados, Rio Brilhante, Três Lagoas, Corumbá, Paranaíba, Costa Rica, Nova Andradina e Naviraí estão sendo os mais atingidos

15 maio 2023 - 09h30Carlos Ferreira
Trânsito de Campo Grande
Trânsito de Campo Grande - (Foto: Geliel Oliveira)
Terça da Carne

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Motoristas e motoentregadores de aplicativos de Mato Grosso do Sul aderiram a paralisação nacional que está acontecendo desde as primeiras horas de hoje (15). Segundo a Associação de Parceiros de Aplicativos de Transportes de Passageiros e Motoristas Autônomos de Mato Grosso do Sul (Applic/MS), dependendo do retorno da plataformas, a paralisação pode ser estendida para outros dias da semana.

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“Atualmente, temos em média 96 mil pessoas trabalhando no setor, tanto como motoentregadores ou motoristas de transporte de passageiro. Hoje estamos fazendo essa paralisação de forma pontual, pois o repasse para as empresas é de 25 a 40%, e queremos isso caia para no máximo 15%. Dependendo de como vai ser a resposta das plataformas, essa paralisação poderá ser estendida para outros dias”, explica o presidente da Applic/MS, Paulo Pinheiro ao portal A Crítica.

Ele diz ainda que é possível que os passageiros notem a elevação no preço das corridas. “Estamos pedindo que verifiquem o valor, pois já chegaram até nós os relatos de corridas que custam R$ 8, e que hoje está saindo por R$ 40”, alerta.

Os municípios de Campo Grande, Ponta Porã, Dourados, Rio Brilhante, Três Lagoas, Corumbá, Paranaíba, Costa Rica, Nova Andradina e Naviraí estão sendo os mais atingidos com os protestos que acontecem hoje. Segundo a Applic/MS, existe a previsão de acontecer um buzinação no centro da Capital no decorrer do dia de hoje.

Mas segundo Paulo, além das demandas dos valores das tarifas e repasses, há uma solicitação desde 2018 que vem sendo arrastada pela Prefeitura de Campo Grande. “Até hoje não existe ponto de embarque e desembarque de passageiros no Terminal Rodoviário de Campo Grande. Não entendemos por que isso ainda não aconteceu. Existem brigas entre taxistas e os nossos motoristas e isso já vem deixando os profissionais ainda mais desgastados”, lamenta.

O que antes era visto apenas como um ‘bico’, hoje já vem sendo considerado fixo para muitos motoristas, que trabalham de 12 a 15h por dia para terem um bom retorno. “A regulamentação está vindo pelo Governo Federal, mas estamos discutindo com as plataformas para que isso aconteça o quanto antes. Sabendo que hoje por força da situação que está o País, é necessário que ele tenha um trabalho fixo e que tenha direito aos benefícios, como qualquer outro trabalhador”, afirma.

Nacional - Conforme divulgado, por 24 horas, os trabalhadores devem protestar contra a defasagem dos repasses do valor da corrida pelas empresas. Uma das demandas dos motoristas é que as empresas estipulem um valor mínimo de corrida para R$ 10. A expectativa era de que a adesão chegasse a 70% da classe em todo o País.

Um levantamento da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) aponta que o País tem pelo menos 1,66 milhão de brasileiros trabalham, atualmente, como entregadores ou motoristas de aplicativos no Brasil.

Questionadas, Uber e 99 App informaram que não se posicionarão sobre a paralisação de motoristas.

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