
Em seu primeiro discurso de Natal, o papa Leão XIV fez um apelo direto contra a indiferença diante do sofrimento humano provocado por guerras, pobreza extrema e crises migratórias. A mensagem foi pronunciada nesta quinta-feira, 25, durante a tradicional bênção “Urbi et Orbi”, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Diante de cerca de 26 mil fiéis, o pontífice mencionou populações que “perderam tudo”, como em Gaza, pessoas empobrecidas no Iêmen e os milhares de migrantes que arriscam a vida ao cruzar o Mar Mediterrâneo e o continente americano em busca de melhores condições de vida.
No discurso, Leão XIV destacou que a paz não depende apenas de decisões políticas ou diplomáticas, mas também de atitudes individuais. Segundo ele, todos podem contribuir para um mundo menos violento ao agir com humildade, responsabilidade e compromisso com o próximo.
O papa pediu orações por “justiça, paz e estabilidade” em regiões marcadas por conflitos prolongados, como Líbano, Palestina, Israel e Síria. Também citou a Ucrânia, referindo-se ao “povo atormentado” pela guerra, e fez um pedido por “paz e consolação” às vítimas da violência em diferentes partes do mundo.
Entre os países lembrados, Leão XIV mencionou ainda Sudão, Sudão do Sul, Mali, Burkina Faso e Congo, onde, segundo ele, a população sofre com guerras, instabilidade política, perseguição religiosa e ações terroristas.
A mensagem de Natal seguiu a tradição do discurso “Urbi et Orbi”, expressão em latim que significa “Para a Cidade e para o Mundo”. O pronunciamento costuma servir como uma síntese das principais crises globais e dos apelos humanitários da Igreja Católica neste período.
Ao encerrar o discurso, o papa reforçou a necessidade de solidariedade internacional e de uma postura menos indiferente diante das tragédias que atingem milhões de pessoas, ressaltando que o Natal deve ser um tempo de reflexão, compaixão e ação concreta em favor da paz.

