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20 de outubro de 2025 - 15h31
TJMS
MUNDO

Papa Leão XIV abre diálogo direto com vítimas de abuso e defende combate firme na Igreja

Pontífice reconhece resistência interna, mas afirma que manterá canal aberto com representantes de sobreviventes

20 outubro 2025 - 12h05
Este é o próximo passo histórico: sentarmos juntos e conversarmos, disse Leão XIV, conforme relato dos participantes.
"Este é o próximo passo histórico: sentarmos juntos e conversarmos", disse Leão XIV, conforme relato dos participantes. - (Foto: Reprodução)

Compromisso com tolerância zero. Foi esse o tom adotado pelo Papa Leão XIV ao receber, pela primeira vez, representantes da organização internacional Ending Clergy Abuse (ECA), formada por vítimas e defensores de sobreviventes de abusos cometidos por membros do clero.

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Durante a reunião, realizada nesta segunda-feira (20), o pontífice ouviu propostas e preocupações do grupo, que luta por uma política rígida contra abusos dentro da Igreja Católica. Ele reconheceu que ainda existe resistência à criação de uma norma universal que preveja a expulsão imediata de padres envolvidos em casos confirmados de abuso, mas garantiu estar aberto ao diálogo e disposto a avançar nesse tema.

“Este é o próximo passo histórico: sentarmos juntos e conversarmos”, disse Leão XIV, conforme relato dos participantes.

O encontro durou cerca de uma hora, no Palácio Apostólico, e contou com a presença de integrantes da ECA de diferentes partes do mundo. Eles apresentaram propostas, como a realização de uma conferência sobre casos envolvendo o Opus Dei na Argentina e a organização de apoio a vítimas nas Filipinas.

Para os representantes, o gesto do Papa representa um avanço inédito. Até então, os pontífices anteriores haviam se encontrado apenas com vítimas individualmente, sem abrir espaço oficial para ativistas organizados.

Um dos pontos destacados foi o impacto dos abusos em regiões onde o tema ainda é um tabu, como a África. Representantes do grupo lembraram que a proteção de crianças deve ser igual em todos os continentes.

“Viemos como construtores de pontes, prontos para caminhar juntos em direção à verdade, à justiça e à cura”, disse uma das representantes da ECA durante a audiência.

Ao final do encontro, os integrantes da organização afirmaram que saíram com esperança e que a reunião simboliza um passo importante rumo à justiça e à reparação.

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