Entre os dias 26 e 29 de junho, a cidade de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, recebe o Pantanal Tech MS — o maior evento de tecnologia da região pantaneira. Mas o foco vai além da tecnologia digital: o encontro quer mostrar que é possível desenvolver a economia sem destruir a natureza.
O evento acontece no campus da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e reúne agricultores, empresários, estudantes, pesquisadores e pessoas da comunidade para discutir caminhos de crescimento para o Pantanal. Tudo isso ligado à preservação do meio ambiente, turismo sustentável, agricultura familiar e valorização da cultura local.
Crescimento com respeito à natureza - O Pantanal Tech aposta em ideias simples e possíveis. Um dos destaques é a feira da agricultura familiar, com mais de 40 expositores que mostram comidas típicas, artesanatos, bordados e pinturas produzidos na região. Além disso, o evento oferece cursos, rodas de conversa e oficinas sobre como produzir de forma consciente e sustentável.
Na Cozinha Show, os chefs Zeca Amaral e Jeffershon Pinheiro preparam pratos usando ingredientes locais, valorizando a comida típica e ajudando pequenos produtores da região a ganhar mais espaço no mercado.
No dia 28, uma conversa especial será sobre o Plano Safra 2025, que pode ajudar — ou atrapalhar — quem planta e colhe no Pantanal. O objetivo é mostrar como as decisões do governo influenciam a vida de quem vive da terra.
Conversas sobre o futuro do Pantanal - Um dos momentos mais importantes do Pantanal Tech será o painel sobre o Pacto do Pantanal, que discute como crescer de forma organizada e sem prejudicar o meio ambiente. O bioma está cada vez mais ameaçado por queimadas e destruição, e o evento quer ajudar a encontrar soluções reais.
Outros temas também ganham espaço:
- Turismo de pesca com cuidado ambiental
- Como evitar incêndios florestais, com a ajuda do Comitê do Fogo em MS
- Oportunidades de trabalho na indústria de papel e celulose, com o painel Florestas que Transformam
Tudo isso mostra que proteger o Pantanal também pode trazer emprego e renda.
Cultura e música como parte do cuidado com a região - A programação também tem espaço para a cultura pantaneira. Escritores como Silas Cabral, James Jorge Barbosa Flores e Rodrigo Teixeira participam com bate-papos e lançamentos de livros.
A música entra em cena com shows diários na praça de alimentação.
Os artistas confirmados são:
João Paulo & Grupo Antigo Aposento (dia 26)
Jakeline Sanfoneira (dia 27)
Paulo Prado (dia 28)
Grupo Acaba e Fábio Kaida & Banda (dia 29)
Além de entreter, a arte ajuda a manter viva a identidade do povo pantaneiro.
Turismo para fechar com chave de ouro - No último dia do evento (29), os participantes poderão conhecer as belezas naturais da Serra do Paxixi, uma rota cheia de trilhas, cachoeiras e comida boa. Os passeios são organizados pela AECOPAXI (Associação dos Empreendimentos do Corredor Turístico Paxixi), que também tem um estande no evento.
Há opções para todos os gostos: quem gosta de aventura pode fazer rapel, tirolesa ou andar de bicicleta no meio da natureza. Já quem prefere algo mais tranquilo pode conhecer construções antigas, artesanato e a culinária local.
O Pantanal Tech mostra que é possível criar empregos, gerar renda e preservar a natureza ao mesmo tempo. Quando o conhecimento da universidade se junta com os saberes do campo e da floresta, todos saem ganhando: o meio ambiente, a economia e o povo pantaneiro.
O evento é um exemplo de que o futuro do Pantanal depende de união, respeito à natureza e valorização da cultura local.
