
Mato Grosso do Sul está apostando em ciência e inovação para resolver seus problemas de forma mais prática. Um bom exemplo disso é o lançamento do Desafio Pantanal Tech 2025, feito pelo Governo do Estado por meio da Semadesc, da Fundect e do Sebrae/MS.

O edital foi lançado no dia 26 de junho, durante o evento Pantanal Tech, na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Aquidauana. A ideia é incentivar projetos de pesquisa com potencial para virar negócios. As áreas escolhidas são biodiversidade, bioeconomia, turismo e agronegócio — todos temas importantes para o estado.
Ciência com resultados práticos - Segundo Ricardo Senna, secretário-executivo da Semadesc, o edital quer apoiar ideias que saem da universidade e podem ser aplicadas na prática.
“O edital mostra nossa política de incentivo às deep techs, que são startups criadas dentro de universidades e centros de pesquisa. São essas ideias que ajudam a mudar a economia e criar um futuro melhor para o estado”, disse Senna.
Essas startups, chamadas de deep techs, trabalham com ciência e tecnologia para resolver problemas reais. A ideia do governo é apoiar essas iniciativas desde o começo, ajudando a transformá-las em produtos ou serviços úteis para a sociedade.
Como o desafio vai funcionar - As propostas devem estar em fase inicial, ou seja, ainda na etapa de testes e planejamento. Cada projeto deve ter de duas a três pessoas, sendo que pelo menos uma precisa estar ligada a uma universidade de Mato Grosso do Sul.
As três melhores ideias vão receber bolsas de R$ 6,5 mil por mês durante um ano, para desenvolverem seus projetos com mais tranquilidade.

Projetos devem seguir metas da ONU - Outro ponto importante é que os projetos precisam seguir pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Isso inclui ações como recuperação de áreas degradadas, uso sustentável dos recursos naturais, combate a incêndios e soluções para produção sustentável.
Márcio Pereira, diretor-presidente da Fundect, reforçou que a proposta é aproximar a pesquisa da vida real:
“Editais como o Pantanal Tech mostram como é importante ligar o que é feito na universidade com as necessidades do dia a dia. Isso gera empregos, protege o meio ambiente e ajuda a economia”, afirmou.
Do papel para o mercado - O Sebrae/MS também participa da ação e ajuda a dar suporte técnico aos projetos. Para Tito Estanqueiro, diretor de Operações do Sebrae/MS, a união entre o Sebrae, o governo e as universidades cria boas oportunidades.
“Se você é estudante, pesquisador ou professor e tem uma boa ideia para resolver algum problema da sua cidade ou região, essa é a hora. O edital ajuda a transformar essas ideias em negócios de verdade”, disse Tito.
As inscrições vão até o dia 26 de julho de 2025 e podem ser feitas pelo site: https://bit.ly/43UxJko. Mais informações estão disponíveis no site do Sebrae/MS (ms.sebrae.com.br) ou pelo telefone 0800 570 0800.
Uma nova forma de fazer política pública - O Desafio Pantanal Tech 2025 mostra que Mato Grosso do Sul quer uma política de ciência que vá além da sala de aula. A ideia é investir em projetos que ajudem a resolver problemas reais, tragam resultados e movimentem a economia de forma sustentável.
Ao incentivar ideias simples, criativas e com potencial de virar negócio, o governo ajuda a criar novas oportunidades e reforça que inovação também pode vir de dentro das universidades.
