O padre Júlio Lancelotti anunciou que não irá mais transmitir suas missas ao vivo nem atualizar suas redes sociais por tempo indeterminado. A mudança, que pegou de surpresa os fiéis que o acompanham virtualmente desde a pandemia, foi feita por orientação da Arquidiocese de São Paulo.
Durante a missa de domingo (14), o padre explicou que aquela seria a última com transmissão ao vivo. “Até que haja ordem em contrário, a partir do domingo que vem, a missa será só presencial”, afirmou. As celebrações vinham sendo exibidas pela TVT, canal mantido por sindicatos, pelo portal ICL e pelo YouTube.
Em nota ao jornal Estadão, o padre informou que está passando por “um período de recolhimento temporário”. A Arquidiocese, por sua vez, não se manifestou oficialmente sobre os motivos da decisão.
Apesar da suspensão das atividades online, Lancelotti segue com sua atuação pastoral na Paróquia São Miguel Arcanjo, no Belenzinho, zona leste da capital paulista. Ele continua à frente da Pastoral do Povo da Rua, trabalho que realiza há décadas com pessoas em situação de vulnerabilidade, adolescentes infratores e crianças com HIV.
Conhecido nacionalmente por sua atuação social e por defender os direitos da população em situação de rua, o padre é frequentemente criticado por políticos conservadores nas redes sociais, sendo chamado de “padre esquerdista”. Em meio a ataques, ele chegou a receber uma ligação de apoio do papa Francisco, que o incentivou a seguir com sua missão.
