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O rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, se entregou à polícia na tarde desta terça-feira, 22, após ser procurado por envolvimento em ataques contra policiais durante uma operação de busca e apreensão em sua residência, na Vila do Joá, zona oeste do Rio de Janeiro. O cantor se apresentou na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, acompanhado de sua mãe e namorada.
O cantor teve a prisão decretada pela Justiça pelos crimes de resistência, desacato, lesão corporal, dano, ameaça e por sua associação com o tráfico de drogas. De acordo com a Polícia Civil, Oruam também é investigado por envolvimento com traficantes do Comando Vermelho, organização criminosa da qual seu pai, Márcio dos Santos Nepomuceno (Marcinho VP), é um dos líderes.
O episódio que resultou na ordem de prisão ocorreu quando policiais civis tentaram apreender um adolescente acusado de roubo de veículos, que estava escondido na casa de Oruam. Durante a ação, o rapper e outras oito pessoas reagiram com violência, atirando pedras contra os policiais e dificultando a execução do mandado. O cantor admitiu ter atirado pedras, justificando a ação como uma reação à abordagem agressiva, após os policiais apontarem armas para ele e seus amigos. O ato causou ferimentos em um policial.
Embora a defesa do rapper tenha negado a presença de drogas ou produtos ilícitos na casa, a polícia o acusa também de crimes relacionados ao tráfico. O processo segue em segredo de justiça, e a prisão preventiva foi determinada pela juíza Ane Cristine Scheele Santos, que avaliou que o caso não se tratava de uma prisão temporária, como solicitado pelo Ministério Público.
Além dos ataques físicos, Oruam será responsabilizado pelo crime de desacato, que envolve ofender, humilhar ou desrespeitar agentes públicos durante a abordagem. O rapper também responderá por dano ao patrimônio público, já que as pedras lançadas por ele atingiram as viaturas policiais.
O envolvimento com o tráfico e a ligação com o Comando Vermelho
A Polícia Civil afirmou que Oruam está sendo investigado por sua possível ligação com a facção Comando Vermelho, principalmente devido ao envolvimento de seu pai, Marcinho VP, com o tráfico de drogas. Marcinho cumpre pena em uma penitenciária federal, mas ainda teria influência nas operações da facção.
A operação policial também envolveu um mandado de busca e apreensão contra o menor escondido na residência de Oruam, que foi abordado pelos agentes. Durante a abordagem, um dos indivíduos que participou dos ataques correu para dentro da casa e foi preso em flagrante pelos policiais. O rapper, no entanto, não foi detido naquele momento, mas a prisão foi efetivada posteriormente.
