
A Polícia Militar Ambiental (PMA) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) intensificaram a fiscalização contra queimadas ilegais por meio da Operação Focus, deflagrada no Estado desde 1º de agosto. Até o momento, a força-tarefa já vistoriou 120 propriedades, lavrou 30 autos de infração e aplicou R$ 34 milhões em multas, referentes a danos em 9.498 hectares.

A operação segue até 30 de novembro, sendo prorrogada até 31 de dezembro nas regiões do Pantanal, onde o período de estiagem é mais severo. O trabalho é coordenado pela Seção de Operações da PMA e utiliza alertas georreferenciados fornecidos pelo setor de geoprocessamento do Imasul, que já identificou cerca de 500 focos suspeitos de queimadas sem autorização em 2024.
Combate a queimadas ilegais em MS é intensificado e multas já ultrapassam R$34 milhões
Um dos diferenciais da ação está na agilidade: ao cruzar dados com rapidez, as equipes são acionadas ainda com o incêndio em andamento, o que facilita o flagrante e a responsabilização dos infratores.
“Nós contamos com 26 subunidades em pontos estratégicos, prontas para responder rapidamente aos alertas de calor. Essa integração com o Imasul tem sido essencial para intensificar a fiscalização e garantir que os responsáveis sejam punidos”, destacou o capitão André Leonel, chefe de operações da PMA.
Além das autuações, as equipes também realizam registro fotográfico, mapeamento das áreas degradadas, apreensão de equipamentos e emissão de termos de embargo, contribuindo para a responsabilização ambiental, civil e criminal dos infratores.
Combate a queimadas ilegais em MS é intensificado e multas já ultrapassam R$34 milhões
Em um dos casos recentes, a PMA de Miranda multou em R$ 1,4 milhão o responsável por um incêndio em Bodoquena, que começou com uma queima de folhas secas e se alastrou com o vento, atingindo 194 hectares e 22 propriedades vizinhas. A ação mobilizou o Prevfogo e o Corpo de Bombeiros.
A PMA alerta para os riscos das queimadas durante a seca e reforça que o uso de fogo em áreas rurais ou urbanas sem autorização é crime ambiental. Denúncias podem ser feitas diretamente à corporação, contribuindo com a proteção dos biomas sul-mato-grossenses.
