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06 de outubro de 2025 - 17h22
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FISCALIZAÇÃO

Fiscalização intensiva combate venda de bebidas com metanol em Mato Grosso do Sul

Operação coordenada pelo governo estadual percorre capital e interior para coibir comércio clandestino e evitar intoxicações graves

6 outubro 2025 - 14h20Iury de Oliveira
Governo de MS realiza operação para combater bebidas irregulares com metanol e prevenir intoxicações graves no estado.
Governo de MS realiza operação para combater bebidas irregulares com metanol e prevenir intoxicações graves no estado. - (Fotos: André Lima e Divulgação)

Uma força-tarefa estadual mobilizou órgãos de segurança, saúde e fiscalização para combater a venda ilegal de bebidas alcoólicas com risco de contaminação por metanol em Mato Grosso do Sul. A operação, realizada no último fim de semana em Campo Grande e diversas cidades do interior, busca prevenir casos de intoxicação por substâncias tóxicas que podem causar sérios danos à saúde, incluindo cegueira e até a morte.

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Coordenada pelo Governo do Estado, a ação envolveu equipes da Polícia Civil (DECON, DEOPS e GARRAS), Vigilância Sanitária Estadual e Municipal, Procon/MS, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Guarda Municipal.

Bebidas vencidas e sem origem são apreendidas em Campo Grande - Em uma casa noturna de Campo Grande, fiscais encontraram dezenas de garrafas de bebidas vencidas e outras sem comprovação de procedência, incluindo energéticos, vinhos, licores e cachaças. As bebidas vencidas foram descartadas pela Vigilância Sanitária, enquanto as de origem estrangeira foram entregues à Receita Federal.

O gerente do local foi levado à delegacia, e um inquérito policial será instaurado para apurar possíveis crimes contra o consumidor.

Na BR-262, a polícia interceptou um caminhão que transportava 900 quilos de garrafas vazias de whisky sem nota fiscal. O material foi encaminhado à DECON, que investiga possível falsificação de bebidas alcoólicas.

Durante outro evento, os organizadores foram autuados pela ausência de alvará sanitário e documentação obrigatória. O Procon identificou outras falhas, como a ausência de placas informativas e dados sobre meia-entrada. Os responsáveis têm 20 dias para se defender e regularizar a situação.

Ação faz parte das medidas coordenadas para coibir a venda de bebidas irregulares e prevenir casos de intoxicação por metanolAção faz parte das medidas coordenadas para coibir a venda de bebidas irregulares e prevenir casos de intoxicação por metanol

Interior do estado também é alvo de ações - A operação também alcançou 18 municípios, entre eles Três Lagoas, Naviraí, Maracaju, Ponta Porã e Bela Vista. Em parceria com as vigilâncias sanitárias municipais, os órgãos locais realizaram vistorias em comércios e casas de eventos.

As informações coletadas são compartilhadas com a Vigilância Sanitária Estadual, garantindo resposta rápida e reforçando a integração entre as esferas municipais e estaduais.

Governo reforça importância da ação conjunta - Segundo a secretária de Estado de Saúde em exercício, Crhistinne Maymone, a operação reflete o compromisso do governo com a proteção da saúde pública. “Estamos atuando em várias frentes, da fiscalização à capacitação de profissionais de saúde. Nosso objetivo é impedir que bebidas clandestinas cheguem à população”, afirmou.

Larissa Castilho, superintendente de Vigilância em Saúde, destacou que a atuação integrada entre Estado, municípios e forças de segurança é essencial. “Esse trabalho conjunto permite ação rápida, fiscalização eficiente e a retirada de produtos ilegais do mercado.”

Fernanda Rodrigues, fiscal da Coordenadoria de Vigilância Sanitária (CVISA), reforçou a importância das ações preventivas. “Nosso foco é garantir que apenas produtos seguros estejam disponíveis. As fiscalizações estão sendo intensificadas em todo o estado.”

Ação faz parte das medidas coordenadas para coibir a venda de bebidas irregulares e prevenir casos de intoxicação por metanolAção faz parte das medidas coordenadas para coibir a venda de bebidas irregulares e prevenir casos de intoxicação por metanol

Casos de intoxicação sob investigação - Até o momento, quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol foram registrados nos municípios de Campo Grande, Ladário, Rio Brilhante e Caarapó. Dois outros casos — em Campo Grande e Sidrolândia — foram descartados. Um óbito suspeito está em investigação na capital.

As equipes técnicas da SES seguem monitorando os casos, rastreando a origem das bebidas e oferecendo suporte clínico aos pacientes.

Medidas emergenciais em andamento - Entre as principais ações adotadas pelo Governo de MS estão:

  • Atendimento 24h via CIATox com suporte técnico e científico;

  • Fiscalização reforçada em pontos de venda de bebidas alcoólicas;

  • Monitoramento dos casos suspeitos e comunicação com o Ministério da Saúde;

  • Treinamento de profissionais de saúde conforme protocolos técnicos;

  • Fornecimento de antídotos como etanol farmacêutico e fomepizol, usado no tratamento de intoxicação por metanol.

Alerta à população - A SES alerta que a população deve evitar o consumo de bebidas sem rótulo, de origem desconhecida ou compradas em locais não autorizados. Unidades de saúde estão de prontidão para oferecer assistência e orientações.

Canais para denúncias e emergências

  • CIATox – Plantão 24h: (67) 98179-1369 | Emergência: 0800-722-6001

  • CIEVS – Plantão 24h: (67) 98477-3435 | Disque-notifica: 0800 647 1650

  • Coordenação de Emergências em Saúde Pública – CESP: (67) 3318-1823

  • Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001

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