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17 de dezembro de 2025 - 18h47
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INTERNACIONAL

Secretário-geral da ONU pede "moderação" após EUA imporem bloqueio a petroleiros venezuelanos

Antonio Guterres alerta para risco de escalada e sugere que disputa seja levada ao Conselho de Segurança caso não haja desescalada

17 dezembro 2025 - 17h00Thais Porsch
Antonio Guterres foca esforços na diplomacia para evitar que bloqueio naval resulte em escalada militar na região.
Antonio Guterres foca esforços na diplomacia para evitar que bloqueio naval resulte em escalada militar na região. - Reprodução

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, manifestou profunda preocupação nesta quarta-feira (17) com o aumento das tensões diplomáticas após a decisão dos Estados Unidos de impor um "bloqueio total" aos petroleiros da Venezuela. Por meio de seu porta-voz, Farhan Haq, Guterres fez um apelo direto à moderação e pediu que as partes envolvidas busquem a "imediata desescalada" do cenário para evitar um conflito de maiores proporções.

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O posicionamento da ONU ocorre em um momento crítico, onde o cerco econômico ao petróleo venezuelano ameaça paralisar a principal fonte de receita do país sul-americano. Segundo Haq, o secretário-geral acredita firmemente que qualquer divergência internacional deve ser resolvida exclusivamente por meios pacíficos e pelo engajamento diplomático contínuo.

Caso o governo venezuelano decida formalizar uma reclamação contra a medida dos EUA nas Nações Unidas, o caminho institucional já está traçado. O porta-voz enfatizou que a questão deverá ser analisada pelos membros do Conselho de Segurança da ONU, órgão responsável por manter a paz e a segurança internacional.

Neste estágio das tensões, a recomendação da secretaria-geral é evitar retóricas belicosas ou medidas de represália que possam fechar as portas para o diálogo. A ONU reforça que o "caminho pacífico" é a única via viável para estabilizar a região e impedir que a crise econômica na Venezuela se transforme em uma crise de segurança hemisférica.

O bloqueio imposto por Washington visa impedir que navios transportem petróleo venezuelano para mercados internacionais, intensificando a pressão política sobre o governo de Caracas. A eficácia e a legalidade internacional de tal medida devem agora ser o centro dos debates nos corredores da diplomacia em Nova York.

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