
Mato Grosso do Sul está na rota da primeira grande onda de frio de 2025. Uma massa de ar polar de forte intensidade deve avançar sobre o estado e derrubar drasticamente as temperaturas a partir desta quarta-feira (28), segundo alerta emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O fenômeno já é considerado um dos mais intensos do ano até agora.

O alerta laranja do Inmet, que indica perigo à saúde, vale para regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. No MS, os termômetros devem cair abaixo dos 10°C em diversas cidades, com possibilidade de mínimas ainda menores em áreas do interior. A queda nas temperaturas deve se prolongar até o começo de junho.
Por que o frio será mais forte desta vez? - Segundo a Climatempo, o que diferencia esta frente fria das anteriores é sua origem continental. Isso significa que o ar gelado não está vindo do oceano, como é mais comum, mas do interior da América do Sul, o que permite um avanço mais profundo sobre o território brasileiro.
Massas de ar frio com essas características têm pouca umidade, o que intensifica a sensação térmica de frio. Além disso, o deslocamento continental favorece a chegada do ar gelado a regiões onde o frio costuma demorar mais a chegar, como o interior do Centro-Oeste e até parte da região Norte, fenômeno conhecido como friagem.
Duas ondas seguidas vão manter o frio prolongado - A previsão aponta que o frio será dividido em dois momentos. A primeira massa polar chega nesta terça-feira (28), acompanhada de chuva no Sul do país, e avança até o dia 30. Em seguida, um novo pulso de ar gelado atinge o Brasil no início de junho, prolongando a sensação de frio até pelo menos o dia 3.
Especialistas destacam que, entre essas duas ondas, não haverá tempo suficiente para aquecimento significativo. Ou seja, as baixas temperaturas devem se manter firmes durante todo esse período.
Previsão por regiões
Sul: pode haver registro de geadas e até neve em áreas fora da serra.
Centro-Oeste e Sudeste: mínimas abaixo dos 10°C.
Norte (Acre, Rondônia e sul do Amazonas): temperaturas caem, mas sem atingir extremos.
