Na tarde de quinta-feira (15), Nestor Silva dos Santos, de 52 anos, foi encontrado no meio de uma rua em Campo Grande, apresentando sinais de hipotermia. Socorrido pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), o homem foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Leblon, porém, infelizmente, não resistiu e veio a falecer.
Segundo informações do registro policial, a vítima deu entrada na unidade de saúde por volta das 14h. Os médicos responsáveis pelo atendimento constataram que o homem apresentava morte cerebral, hipotermia e alcoolismo.
O caso foi registrado como morte a esclarecer na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol, e levanta preocupações sobre as condições enfrentadas por pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas da capital.
Campo Grande tem enfrentado uma onda de frio intenso nos últimos dias. Na quinta-feira (15), os termômetros registraram cerca de 8°C, mas na madrugada desta sexta-feira (16), a cidade marcou 6°C. As baixas temperaturas têm afetado especialmente as pessoas em situação de rua, aumentando os riscos de hipotermia e morte.
Na quarta-feira (14) da mesma semana, um homem em situação de rua, que não foi identificado, foi encontrado sem vida em Ponta Porã, região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai. A Defesa Civil do município informou que a causa da morte foi hipotermia. Naquele dia, os termômetros marcaram 4°C na cidade, com sensação térmica ainda mais baixa, atingindo -2,8°C.
O homem foi encontrado sem vida em seu barraco, localizado na linha de fronteira com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero. Essa tragédia ressalta a necessidade de medidas emergenciais para proteger a população em situação de rua durante as condições climáticas extremas.
No mesmo dia, quando Campo Grande registrou 7,2°C, com sensação térmica de apenas 4,6°C, mais uma vítima foi encontrada sem vida. Sidirlei Carvalho, um morador em situação de rua de 57 anos, foi descoberto em frente a uma madeireira no Jardim Monumento, apresentando sinais de hipotermia.
Um funcionário da madeireira, ao chegar para trabalhar por volta das 6 horas da manhã, avistou Sirdilei deitado na calçada e acreditou que ele estivesse dormindo. No entanto, ao tentar acordá-lo sem sucesso, o funcionário ficou alarmado e acionou os socorristas do Samu, que constataram o óbito. A vítima estava vestindo calça jeans, camiseta e chinelos, evidenciando as dificuldades enfrentadas por aqueles que não possuem abrigo adequado.
