
Apesar das recentes chuvas e da queda na temperatura em Mato Grosso do Sul, o Pantanal continua a enfrentar desafios significativos na luta contra os incêndios florestais. O Corpo de Bombeiros, que tem atuado intensamente na região, ainda registra oito focos ativos de incêndio, exigindo uma vigilância constante e operações de rescaldo em várias áreas críticas do bioma.

Regiões críticas e ações de combate - As operações se concentram em diversas localidades, incluindo Miranda, próximo à área de Salobra e até a BR-262, na Serra do Amolar, no Paiaguás, no Passo do Lontra, na Estrada Parque, no Forte Coimbra e no Posto da Manga. Além disso, dois pontos na divisa com o estado de Mato Grosso também permanecem sob monitoramento. Segundo a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, "os focos começaram novamente, por isso o combate continua. Ontem em Miranda as equipes fizeram rescaldo. Estava garoando e ainda haviam troncos em brasa".
A margem direita da rodovia BR-262, no trecho entre Miranda e Corumbá, tem sido um dos focos principais de atuação dos bombeiros. No local, foram identificados dois possíveis pontos de retorno do incêndio, com destaque para uma área a apenas 100 metros da ponte, onde uma árvore, situada em uma região ainda não queimada, teve que ser cortada e seus troncos lançados ao rio para evitar a propagação do fogo.
Clima favorece, mas não extingue - Nos últimos dias, a região do Pantanal experimentou um alívio com quatro dias consecutivos de chuva, resultando em uma elevação moderada da temperatura para 22°C e ventos de até 25 km/h. A umidade relativa do ar oscilou entre 30% e 70%, condições que, embora favoráveis ao controle dos focos de calor, não foram suficientes para extinguir completamente os incêndios. Assim, o trabalho de combate às chamas continua a ser prioritário, focando principalmente na neutralização de brasas que ainda podem causar novos focos.
Estratégias e desafios - Com as mudanças climáticas dos últimos dias, as equipes de combate ao fogo adaptaram suas estratégias para maximizar os efeitos das chuvas e da queda de temperatura. O novo planejamento estratégico visa não apenas o controle dos focos ativos, mas também a proteção da fauna, flora e das comunidades locais. A ação rápida e coordenada é essencial para mitigar os danos e preservar o ecossistema do Pantanal, que já sofre os efeitos devastadores de incêndios recorrentes.
Mesmo com o cenário adverso, o Corpo de Bombeiros mantém seu compromisso com a defesa do bioma, monitorando constantemente as áreas afetadas e realizando ações de rescaldo onde necessário. O foco agora é garantir que os incêndios não voltem a ganhar força, aproveitando ao máximo as condições climáticas mais amenas.
