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Obras no Anhanduizinho terão ciclovia e entrega antecipada para fevereiro do ano que vem

Comitiva da Câmara Municipal, prefeita Adriane e secretário Miglioli visitam avanço de 65% nas obras de contenção de erosão e anunciam pacote de entregas para a cidade

31 julho 2025 - 09h50Carlos Guilherme, Iury de Oliveira e Maria Edite Vendas
Obras no Anhanduizinho avançam com ciclovia e 65% de execução; prefeita anuncia 100 entregas para Campo Grande.
Obras no Anhanduizinho avançam com ciclovia e 65% de execução; prefeita anuncia 100 entregas para Campo Grande. - (Fotos: Maria Edite Vendas)

Na manhã desta quinta-feira (31), a Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara Municipal de Campo Grande realizou uma visita técnica às obras de contenção de erosões às margens do córrego Anhanduizinho, na avenida Ernesto Geisel.

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O encontro reuniu vereadores, a prefeita Adriane Lopes (PP) e o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli, que apresentaram o andamento dos trabalhos e reforçaram o compromisso da atual gestão em concluir intervenções há décadas paradas. Uma das novidades anunciadas foi a implantação de uma ciclovia no local, integrando mobilidade urbana com infraestrutura de contenção e drenagem.

“Sim, aqui vai ter ciclovia. Esse governo está apostando no projeto de ciclovias, que é grande e complexo. Estamos investindo bastante nisso. Tenho certeza de que, se executarmos tudo o que está planejado, Campo Grande será referência em ciclovias”, afirmou o secretário Marcelo Miglioli.

O secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli - (Foto: Maria Edite Vendas)

Segundo o titular da Sisep, a obra, que utiliza estrutura de gabião - técnica considerada difícil e de alto custo -, está adiantada. “Ela já está com 65% de execução. Nosso objetivo é concluí-la ainda neste ano, antes do início do período chuvoso. A parte mais crítica, que é a construção do muro de gabião, já está em andamento. Em seguida, faremos a urbanização da lateral, recapeamento da pista e, por fim, a implantação da ciclovia”, detalhou Miglioli.

Obra parada há 33 anos é retomada - Para a prefeita Adriane Lopes (PP), a intervenção é simbólica não apenas pela complexidade técnica, mas por representar o resgate de um passivo histórico da cidade. “Essa é uma obra que ficou paralisada por 33 anos. Nós a retomamos e vamos concluí-la no trecho que vai da rua Bonsucesso até a rua da Abolição. É um investimento de R$ 20,9 milhões. Seguiremos com várias obras na cidade, mas mais importante do que iniciar novas é concluir as que estavam paradas há mais de três décadas, como essa”, disse.

A prefeita Adriane Lopes afirmou que as obras estão avançadas (PP) - (Foto: Maria Edite Vendas)

A chefe do Executivo aproveitou a ocasião para agradecer o apoio da Câmara Municipal e reforçou que a visita técnica é parte de uma estratégia de acompanhamento das obras em curso. “Convidei os vereadores para visitarem todas as obras que estão em andamento. Temos também a obra do Belas Artes, parada há 30 anos, e já quero convidar o presidente da Câmara e os vereadores da Comissão para visitá-la. Estamos trabalhando com os pés no chão e os olhos no futuro, pensando em uma Campo Grande com um novo formato, resgatando pontos esquecidos da cidade”, declarou Adriane.

A entrega da obra está prevista para fevereiro de 2026, mas a gestão municipal acredita que será possível concluir antes desse prazo. “A empresa que ganhou a licitação está se antecipando ao período de chuvas e acelerando o ritmo da obra. Quanto mais rápido for, menos transtornos para quem vive e trabalha aqui”, completou a prefeita.

Fiscalização e transparência - O vereador Papy, presidente da Comissão de Obras da Câmara Municipal, reforçou o caráter fiscalizatório da visita e a importância do acompanhamento da aplicação dos recursos públicos. “Essa é uma obra importante para a população da região e representa um investimento 100% de recursos públicos. Por isso, é dever da Câmara acompanhar de perto sua execução. Constatamos que a obra já está 65% concluída e sendo bem executada”, avaliou.

O vereador Papy, presidente da Comissão de Obras da Câmara Municipal - (Foto: Maria Edite Vendas)

Segundo ele, o histórico de paralisações gerava frustração na comunidade, o que aumenta a responsabilidade do poder público em garantir a entrega. “Essa intervenção já havia sido tentada outras vezes, mas sempre parava no meio do caminho. Agora, com a retomada e o avanço concreto da obra, a expectativa é de que ela seja concluída de forma definitiva. Ver esse cenário mudar é fundamental para restaurar a confiança da população”, afirmou.

A prefeita reconheceu os impactos ao comércio da região, especialmente durante a execução de uma obra de grande porte, e destacou o diálogo com empresários. “Conversamos com alguns empresários da região. Eles agradeceram a obra, que trará melhorias, mas também relataram perdas de até 50% na receita. Infelizmente, não tem como fazer uma obra desse porte sem transtornos. Como dizem, é preciso quebrar os ovos para fazer uma omelete. Mas temos convicção de que, após a conclusão, haverá valorização da região e os empresários terão a oportunidade de recuperar as perdas”, explicou Adriane Lopes.

Miglioli também pontuou que, apesar de alto custo, a intervenção não será definitiva, e a prefeitura seguirá buscando soluções complementares. “O trecho crítico vai até a altura da Manoel da Costa Lima. Dali pra frente, o problema passa a ser mais de capa asfáltica, não estrutural. Vamos buscar soluções mais baratas, mesmo que paliativas, mas que resolvam o problema”, disse.

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