Mato Grosso do Sul registrou queda de 6% no número de nascidos vivos em 2024, em comparação com o ano anterior. Foram 38.287 bebês registrados, contra 40.745 em 2023. Em Campo Grande, a redução foi menor, de 3,7%, passando de 11.820 para 11.388 nascimentos. Os dados são da pesquisa de estatísticas do registro civil, divulgada nesta terça-feira (10) pelo IBGE.
A maioria dos nascimentos ocorreu entre mulheres de 25 a 29 anos, que representaram 25,9% do total no Estado. Em Campo Grande, essa faixa etária também liderou com 25,8%. Já as mães entre 20 e 24 anos vieram logo depois, representando cerca de 24% dos nascimentos em MS.
Apesar do avanço na assistência hospitalar, ainda há registros de partos fora do ambiente médico. Em 2024, o Estado teve 199 nascimentos em "outros locais", número que cresceu 314% em relação ao ano anterior, quando foram apenas 48. A maioria ainda nasceu em hospital (37.448 registros), e os partos em casa foram 117. Na Capital, apenas 12 partos foram fora de hospital, sendo oito em casa e quatro em local não especificado.
Perfil dos bebês nascidos em MS - Do total de nascidos em 2024, 51,7% foram meninos e 48,3% meninas, proporção que se repete em Campo Grande.
Abril foi o mês com maior número de partos no Estado (3.542), seguido de perto por março (3.539). O menor número ocorreu em novembro (2.883). Na Capital, março liderou os nascimentos (1.047), enquanto outubro teve o menor volume (875).
O número total de óbitos em Mato Grosso do Sul subiu 0,9% em 2024, totalizando 19,5 mil mortes, contra 19,3 mil em 2023. A alta foi puxada principalmente pelas pessoas entre 60 e 64 anos, faixa que teve aumento de 7,17%. Em seguida, estão os idosos de 85 a 89 anos, com alta de 7,14%.
Entre os idosos em geral (com 60 anos ou mais), foram 13.321 mortes, 68,2% do total de óbitos do Estado. Ainda assim, houve uma leve queda de 1,9% nesse grupo em relação ao ano anterior.
No recorte por sexo, morreram mais homens do que mulheres: 11,2 mil contra 8,2 mil. As mortes masculinas aumentaram 1,6%, enquanto as femininas tiveram leve queda de 0,06%.
Causas de morte - Do total de mortes em 2024, 6,8% foram classificadas como “não naturais”, como acidentes e violência, número que posiciona MS como o 10º Estado com menor proporção nesse tipo de óbito. Os maiores percentuais estão no Amapá (14,2%) e Maranhão (11,4%).
Mato Grosso do Sul registrou 350 óbitos fetais em 2024, número 4,6% menor que o do ano anterior (367). A maior parte ocorreu entre 32 e 36 semanas de gestação, com 95 casos (27,1%). Outros dados revelam variações importantes: óbitos com menos de 22 semanas subiram 42,3%, enquanto mortes entre 28 e 31 semanas caíram 29,5%.
